29 de abril de 2016

No caminho da felicidade


Aprender a viver feliz: é esse certamente o estudo mais importante, aquele a que devemos consagrar o melhor dos nossos esforços. O pensamento cria – seja essa a nossa primeira lição a aprender e a praticar – tanto o bem quanto o mal. É o que procuraremos demonstrar no decurso das nossas postagens. Nossa vida será o que forem nossos pensamentos. E progrediremos no caminho da felicidade na medida em que nosso pensamento for criador de maior bem.

E para tanto, contamos com o auxílio do nosso Guia interior, do Espírito que nos habita, e a que muitos dão o nome de intuição, mas que é o mesmo de quem São Paulo diz: “Vós sois os templos vivos do Espírito Santo. Será ele o único que poderá secretamente guiar nossa caminhada da sombra para a luz”.

Então, o que é progredir no caminho da felicidade? É diminuir o lapso de tempo necessário para substituir o pensamento e a palavra negativos, criadores de mal e de dor, pelo pensamento e a palavra positivos, criadores de alegria e de bem.

E teremos atingido nossa felicidade quando o pensamento positivo se apresentar espontaneamente ao nosso espírito. A prática é importante. Não deverá nem se inquietar, nem desanimar, quando não conseguir imediatamente o que deseja. Um pensamento negativo, logo repelido, não pode prejudicar a ninguém. Importa apenas aquele pensamento positivo que você conservar.

EXERCÍCIO: quando algum pensamento negativo de desânimo, de angústia, um “Não tenho sorte”, ou “nunca conseguirei sair desta...”, etc., lhe atravessar a mente, apague-o. Poderá mesmo fazer mentalmente o gesto de apagar uma frase do quadro-negro, ou de deletá-la do seu arquivo mental. E, em pensamento, escreva bem claramente o pensamento positivo. E conserve-o. Persuada-se de uma vez por todas de que, se você perseverar, dia virá em que o pensamento positivo se apresentará sozinho: a felicidade para você se terá tornado, então, um hábito.

(Fonte: Marcelle Auclair. La pratique du bonheur. Seuil. sd)
 

28 de abril de 2016

Como se tuas mãos fossem asas de anjo


Que os teus braços me envolvam como se as tuas mãos na minha cintura fossem asas de anjo. 

Toca-me mansamente e leva-me ao som da melodia sedutoramente envolvente. 

Leva-me para espaços inebriantes onde as tuas mãos me amparam nos sons musicais suaves e entontecedores que nos cadenciam os passos ao ritmo que nos leva, sem gritos, sem memórias, sem apelos que provocam e seduzem como se o ontem não tivesse acontecido.

Há tanto ritmo no meu corpo e há tanta sedução em ti. Vem comigo alegrar a vida ao compasso da melodia que nos une, quero ser a rosa que te prende com a sua fragrância.

 A valsa parou e nós paramos, sem som e sem magia sentimos a paixão que nos segreda. 

Comove-me a ligeireza do teu toque acetinado, mas não há, efetivamente, amor maior do que aquele que nos sabe agarrar, prender, enfeitiçar com um sorriso, um olhar e um toque quase imperceptível que nos abre o coração.

(Maria Elvira Bento)
(Foto: Elie Saab)


26 de abril de 2016

Pode vir quente que eu estou fervendo...


Gosto imensamente do que Jussara Haddad escreve, da forma como ela encara  sexo e sexualidade, sempre valorizando a relação amorosa, orientando, alertando e ensinando o que ela pode e  deve  ser  ensinado  às pessoas, notadamente mulheres, que lêem suas matérias,  inspiradas talvez nas muitas histórias e dramas  de clientes que a procuram para solicitar ajuda terapeutica.  Selecionei para hoje um artigo da autora que julgo de suma importância.

Que história é essa de fazer jogo duro com o seu amor, de dizer que não consegue misturar as coisas, de dizer por aí que vai fazer greve de sexo por que está com raivinha dele por uma banalidade qualquer e coisas desse tipo?

Fazer amor é o melhor caminho para fazer as pazes e fortalecer os laços que unem vocês dois. Pense bem: abrir mão do melhor momento de vocês por uma briguinha sem importância? Tão sem importância que jamais seria capaz de separá-los? Abrir mão da oportunidade de se livrar de qualquer sentimento negativo num momento delicioso que só vocês sabem como viver?

Estas pequenas diferenças, o casal resolve conversando e não fazendo pirraça sem sentido. Resolve conversando, colocando seus pontos de vista e de preferência depois de amar.

Depois do amor, os dois estão calmos, seguros de que ainda são um do outro, apaixonados naquele momento e menos dispostos às farpas que ferem e sangram as relações mais bem intencionadas.

Outra coisa importante: na cama, no leito de amor, na alcova não é lugar de resolver impasses. Muitos casais comentem este erro. "Vou mostrar a ela que não estou satisfeito porque ela comprou um presentinho pro nosso filho sem me perguntar!". "Ele vai ver só, vou mostrar a ele que a mãe dele não tem razão". E acham que mostram suas vãs razões, deixando de amar. Se corroendo por dentro, os dois. Morrendo de medo do resultado dessa atitude tão infantil e sem sentido.

Gente, não mistura as coisas não. A vida já está tão complicada e com tão poucas alegrias. Se você tem um amor, não despreza a dádiva de amar. Pare de perder tempo no caminho para a felicidade. Entre pessoas que se amam não pode haver joguinhos que ponham em risco a harmonia que o sexo gera entre os dois, não pode haver a ameaça da quebra do elo que os une. E falta de sexo entre duas pessoas que vivem juntas, que se gostam e que são saudáveis fisicamente e psicologicamente é fator de risco sim! Se você sabe que não vive sem a pessoa, pra que arriscar?

Sendo assim, se você "está de bico" com o seu amor, mas se ele vem chegando de mansinho, te pedindo desculpas, te fazendo um carinho, te enchendo de beijinhos e declarando o seu desejo, por favor, limpe a mente e o coração dessa magoazinha boba, esquente o seu corpo, corresponda às carícias, vá em frente. Não crie marcas negativas na vida de vocês.

Bandeira branca amor!

Veja só, não estou falando aqui de motivos como mentiras, traição e violência, coisas desse tipo sugerem a separação mesmo, certo? Não estou dizendo que os casais devam viver "entre tapas e beijos", não estou dizendo que se deva relevar faltas graves, estas sim, devem ser resolvidas e perdoadas para que o casal volte a se envolver sexualmente. Nestes casos, a paixão só tapa buracos e vai emendando um problema com o outro e no final dá mesmo um péssimo resultado.

Outro fato importante e que tem me chamado bastante atenção no consultório são as queixas relativas a parceiros que negam fazer amor e conseguem culpar o companheiro e fazê-lo acreditar nisso. "Você trabalha demais, você fica na academia olhando aquelas meninas bundudas, você só quer saber de estudar, você não me dá atenção, você só quer saber de ficar bonita, de ler, de crescer, de ser...".
Já adivinharam do que eu estou falando?

Estou falando de pessoas que em crise de identidade, com complexos de todas as maneiras, que não cuidam dos seus corpos, que negligenciam sobre sua vida profissional, sobre a qualidade da sua vida e que vivem como verdugos, se vitimando e atribuindo ao parceiro que por outro lado luta para ser feliz e somar na relação, a responsabilidade pela sua baixa libido e pela sua incompetência em contribuir para que a relação flua com alegria.

E o outro, bobo e bem intencionado, ocupado com o positivismo com que conduz a sua vida e a sua relação amorosa, fica procurando a culpa nele mesmo e tem uns que nunca descobrem que o parceiro é que é um problemático oportunista que se faz de coitadinho e suga todas as suas energias.

Como tenho visto gente cheia de vontade de viver sofrendo por isso! Leigos, despreparados, bem intencionados e puros que não conseguem enxergar que se uniram a um maluco potencial a um "sangue suga" em forma de gente e que até garantir a estabilidade da relação se disfarçou de bacana. Pessoas saudáveis querem amar, necessitam amar, fazer amor, fazer sexo, receber carinho, sentir prazer, transcender dos limites da realidade nos braços daquele em quem confia a sua intimidade.

A propósito, não sei se alguém teria coragem de usar, mas uma vez, recebi pela internet a notícia de que já tinha uma lei à beira de ser votada, para ser aplicada a cônjuges que se negavam a fazer amor...

Uau!
____________________________________
Autora: Jussara Hadadd é terapeuta holística.

25 de abril de 2016

Abre os braços ao infinito...



É natural que te apeteça chorar
Mas se o soluço te sufocar a garganta
Endireita as costas, levanta o queixo e sorri
Ri mesmo, abertamente,
Frente ao que te considera humilhado
Humilhante é humilhar-se os humildes.
É natural que te sintas só
E te percas na imensidão da tua solidão
Mas se ela fizer eco na tua vida e te sentires desesperadamente só
Abraça o ar que te rodeia
Respira profundamente e lembra-te
Que a vida é um desafio a longo prazo.
É um poema de heróis
Não de vencidos
Tu homem, tu mulher
Nasceram para vencer.
É natural que morras lentamente
Quando te afogas na saudade
E sintas o passado esvair-se pelos dedos
Como nuvens sopradas pelos ventos
É natural que te vires para trás
Na ânsia de caminhar para o aquém do tempo
Ansiando por recuperar sonhos e alvoradas.
É natural que as lágrimas
Queiram deslizar dos teus olhos,
E os joelhos se queiram dobrar
Ao peso dos passos parados
De quem não sabe por onde andar
É possível que a indecisão te desespere
E te sintas confusa nos dias
Que odeies o mundo que te rodeia
E que as pessoas para ti
Pareçam sombras esbatidas e fugidias
E te sintas só, desprezada,vazia, nada.
Nenhuma pessoa é ninguém!
Nem tu és o Mundo!
O que é o Mundo?
Vendavais de força
A espezinhar os fracos
Falta a força, não da Verdade
Mas a força que torna forte os fracos.
Há que iniciar a luta na selva da tua vida
Se te apetece chorar, ri
Ri, com serenidade
Se te apetecer quedar estático a um canto
Sem forças para reagir, levanta-te
Mesmo que não saibas como
Estático é que não!
Os cemitérios é que estão povoados
De estátuas adormecidas
Nos luares das noites frias.
Não deixes os outros sentir
A extensão da tua pobreza
Não mostres a simplicidade dos teus trajes
Nem as tuas ânsias secretas.
Não mostres a tua sede
Nem a tua fome, nem sequer o teu abandono
Tu, na selva, para sobreviver
Tens de mostrar força.
Não de armas.
Força dos fortes
Com dignidade e brilho no olhar
Se te apetecer chorar, ri!
Se te apetecer fugir, fica!
Se te apetecer acabar, vive!
Se te apetecer comer, espalha as migalhas
Se os teus pés estiverem feridos
Das pedras dos caminhos, dança
Se estiveres desesperadamente só abre os braços ao Infinito.
Olha em redor
Há algo vivo à tua espera!
Nunca espalhes o teu sangue,
A tua dor, o teu suor, a tua vida, sem luta.
Na vida, sobrevivem os fortes
Se és fraca, terás de deixar de O ser.
(m.e.b.)

Contempla-se o mar. À força de o vermos gastamo-nos nele, usamos por inteiro as suas quatro lembranças. Desconhece-se que delírio de ignorância nos vai arrebatar
(Marguerite Duras)

Autora: Maria E. Bento
Fonte: Blog Brumas de Sintra



24 de abril de 2016

Hoje, mando eu!

“Qualquer coisa que for capaz de fazer, ou que sonhe que é capaz, comece-a. A coragem traz consigo génio, poder e magia”. Se pensa assim, parabéns. Quem quer, quando quer, seja aquilo que for, já tem grande parte das possibilidades conquistadas porque a força de vontade desafia lógicas e correntes filosóficas; entra no campo dos mistérios, das ilusões, provoca hipóteses, desmistifica fantasias e não sucumbe facilmente (não é cereja no bolo…) perante as dificuldades.
Está mesmo disposta a vencer? Sente o fogo interior que a deixa desafiadora perante o medo (por vezes pânico) como se fosse uma corrente contínua que a dinamiza no cenário em que se move? Bom, a isso chama-se ânimo: ensina-a a enfrentar a apatia, a vencer a angústia, ajuda-a a disciplinar-se; torna-a competitiva, firme, determinada e impele-a a enfrentar o seu mundo que lhe mostra a longa avenida de obstáculos para serem ultrapassados.
A vida não dá nada gratuitamente, mas não deixa de responder quando se procura orientação. Pode não ser à nossa maneira mas, é seguramente, à maneira admirável das leis do Universo onde cada um de nós é célula vital. Por isso se sente (agora) que é capaz de concretizar o tal sonho, parabéns. Cumprimente-o (o sonho, claro). Ele está mesmo ao seu lado! Completamente realizado! Diga obrigada. Um coração agradecido, é um coração feliz!
Pois, hoje, estou assim: animada para tecer vida. Disposta a ousar. Segura para descodificar os sussurros inspiradores da madrugada -há muito que entre nós há uma química reconfortante e absoluta. Por isso, desafio. Espalho ideias envolvidas por palavras, gosto de gostar.
Hoje (gostava de dizer) mando eu! Hoje, estou para lá do instituído e inovo, num misto de utopia e provocação. Com leveza, vou transportar-me para o campo da excelência, levando comigo ânsias humanas, sem bases em estatísticas, mas sincronizadas com a esperança, com o futuro, visualizados na cadência contemplativa do sopro que me anima. Hoje, vou levar o meu banquinho e em cima dele, num jardim de Lisboa, falo para os que me queiram escutar.
- Que todas as crianças, em cada manhã ao sair de casa, digam: 

Bom dia, dia!
- Que os pais não sintam que os dias não têm horas para:
Brincar com os filhos
- Que os idosos não tenham só por companhia:
Programas de televisão
- Que os doentes não se sintam perdidos e abandonados pela
Família e pelos médicos
- Que os sem-abrigo se vistam de frio e desistam de
Viver
- Que os jardins não tenham
Bancos, flores, crianças e pássaros nas árvores
- Que nos lugares, nas vilas e nas aldeias não existam bandas
Que toquem aos domingos nos coretos
- Que não haja música de fundo
Nos hospitais, nos infantários, nos transportes e repartições públicas
- Que as grelhas de alguns canais ofereçam excessivas
Telenovelas
- Que nem todos os infantários e escolas primárias tenham nas manhãs e nas tardes
Um copo de leite morno e um sorriso para cada criança
- Que nas janelas e varandas não existam
Flores coloridas
- Que existam nas ruas
Animais abandonados
- Que não se ensine, ou se lembre, que o Mundo começa à porta da casa de cada um: na rua, no largo. Na vila, cidade ou aldeia
A limpeza é um sinal de civismo 
- Que o ser humano não tenha
Condições de dignidade para viver. Liberdade para escolher. Oportunidades para aprender e vencer
A coragem traz génio, poder e magia. Hoje, tive a coragem de mandar. Que o poder e a magia se abracem sobre o querer e a esperança se concretize 

Bruma de Sintra

23 de abril de 2016

O que trazemos e o que levamos...

 
Você vem ao mundo sem coisa alguma. Assim, uma coisa é certa: nada lhe pertence. Você vem absolutamente despido, porém com ilusões. É por isso que toda criança nasce com as mãos fechadas, cerradas, acreditando que está trazendo tesouros, e aqueles punhos estão vazios. E todos morrem com as mãos abertas. Tente morrer com as mãos cerradas, até o momento ninguém conseguiu. Ou tente nascer com as mãos abertas, ninguém conseguiu também.

Nada lhe pertence, então você está preocupado com qual insegurança? Nada pode ser roubado, nada pode ser tirado de você. Tudo o que você está usando pertence ao mundo. E um dia você terá que deixar tudo aqui. Você não será capaz de levar coisa alguma com você. “Será que estou no caminho certo?” As indicações de que você está no caminho certo são muito simples:

* Suas tensões começam a desaparecer.
* Você fica mais e mais senhor de si. Mais e mais calmo.
* Encontrará beleza em coisas que jamais concebeu pudessem ser belas.
* As menores coisas começarão a ter imenso significado.
* O mundo inteiro se tornará mais e mais misterioso a cada dia.
* Você se tornará menos e menos culto e mais e mais inocente como uma criança correndo atrás de      borboletas, ou pegando conchas do mar numa praia.
* Você sentirá a vida não como um problema, mas como uma dádiva, uma benção, uma graça.
Essas indicações crescerão continuamente se você estiver na pista certa. Não dependa de nada para ser feliz.
Você tem a VIDA!
________________________________
(Osho, no livro “Mais Pepitas de Ouro”)


                                   

A irritação: como compreendê-la e contorná-la.


Hoje é muito comum as pessoas dizererem: "Não fale comigo hoje, pois estou irratada(o)", "Não agüento mais fulano(a)! Ele(a) me irrita". Afinal, onde começa a irritação ? É o(a) outro(a) que te irrita ou é você que fica irritado ?
Os seus sentidos se irritam, e não você. Enquanto você estiver identificado com os sentidos a irritação permanece. Os sentidos existem como veículos de captação de cada instante. Você está recebndo dezenas de informações de todas as partes a cada instante.
Saiba que o seus sentidos estão impregnados de crenças, regras, julgamentos e interpretações distorcidas da realidade. Seus sentidos estão totalmente poluídos por uma reprogramação constante do que é certo ou errado.
Desde a infância os seus pais já diziam o que pode ou que não pode ser feito como se fossem buzinas intermináveis ressoando no seu aparelho auditivo. O seu cérebro mal se desenvolveu e você já foi programado para ser de um jeito.
A irritação é como um chiado de rádio fora da estação. É um mecanismo de defesa do ego. Os seus sentidos captam as informações do ambiente e das pessoas ali presentes e se o que você vê, escuta e sente não estiver dentro dos seus padrões de aceitação, possivelmente o sistema começará a sofrer estresse, gerando alteração do humor, desconforto físico e, consequentemente, muita irritação.
Esse mecanismo funciona através de duas palavras chaves: aceitação ou rejeição. Aceitação é igual a conforto. Rejeição é igual à tensão, desconforto. Pare um pouco, e reflita: com o que você realmente está irritado ? Com o outro ou com aquilo que você não aceita no outro? Com o ambiente ou com o visual não adequado que você acha do ambiente? A cidade é chata ou não está dentro dos seus padrões de conforto e diversão?
Portanto, se você se irrita constantemente, comece a rever os seus valores e princípios. É bem provável que eles estão saindo do padrão social e você queira mudar o que acontece a sua volta.
Quando a irritação surgir, faça uma pausa. Observe o dentro e o fora. Volte a sua atenção para os seus sentidos. Perceba-os. Reflita sobre o que está acontecendo? O que os seus sentidos estão captando que você não está dando conta?
Através dessas perguntas básicas você pode descobrir coisas que você não se dava conta. Não tente inibir a irritabilidade. Observe-a. Perceba-a e dialogue com ela.
É muito comum tentar sair imediatamente da situação quando se sentir irritada(o). Porém, isso não vai com que você se livre da irritação. Essa atitude apenas encobrirá a irritação fazendo com que a irritabilidade permaneça como pano de fundo, voltando ainda mais forte quando você se deparar com um novo estímulo.
Experimente praticar o silêncio e a observação. Não tome decisões precipitadas. Questione os impulsos, medite, descanse, fique sozinho quando puder. E lembre-se que você não é irritado, mas você fica irritado.

Reflexão:

"Sua raiva não pode ser justificada por nada. A razão para a sua raiva está sempre dentro de você."
______________________________

Autora: Elaine Lilli Fong
Instituto União
http://www.institutouniao.com.br/


21 de abril de 2016

A Solidão


Alguma vez você já se sentiu só? Você já procurou entrar fundo nesse sentimento de solidão para perceber o que acontece?
No vocabulário de língua portuguesa a palavra "solidão" significa: estado de quem se sente ou está só.
A solidão é um estado interno, a princípio um sentimento de que algo ou alguém está faltando. Uma sensação de separatividade e desconexão com algo ainda inconsciente, sendo que numa visão espiritualista é a separação de Deus, Eu Superior, Self, Vida ou o Todo.
Atualmente, existem em algumas cidades muitas pessoas que já moram só e que apresentam um a vida bastante independente. Não podemos dizer que são pessoas solitárias, desde que elas se sintam em paz com essa situação.
Entretanto, o que se mostra é que o sentimento de solidão pode estar presente em qualquer lugar ou situação. A pessoa pode sentir solidão durante uma festa com os amigos, no trabalho e até mesmo dentro de casa com a própria família.
Cada ser humano vem sozinho ao mundo, atravessa pela vida como uma pessoa separada e morre finalmente sozinho. As fases de passagem pela vida física e para além dela trazem muitas experiências, onde tudo é passageiro e impermanente. As situações, os encontros e os fatos da vida surgem, permanecem por algum tempo e se vão.
Portanto, procure refletir quando estiver sentido solidão. Com o que você ainda está resistindo no seu momento atual? Existe algo que precisa partir e você ainda não percebeu ou não aceitou essa possibilidade?
A idéia da separação e do estar só é apenas uma ilusão, pois nada se vai totalmente e nada está separado. Ficará sempre a lembrança no qual contém toda a experiência e vivência ocorrida o que é muito rico.
Perceber que você está se sentindo só é muito importante para o seu crescimento. Utilize desse sentimento como uma alavanca para assumir plenamente a sua vida, para agir a partir de si, fortalecer a sua base e seguir em frente, manifestando a sua própria força dentro dos seus objetivos.
Tenha a sua própria companhia, dê atenção, escute, e acolha aquilo que você é e manifesta. Seja o seu melhor amigo. A partir de então, você perceberá que a solidão deixará de existir naturalmente.
____________________
Autora: Elaine Lilli Fong
Instituto União

20 de abril de 2016

O tempo que nos resta


De súbito sabemos que é já tarde.
Quando a luz se faz outra, quando os ramos da árvore que somos soltam folhas e o sangue que tínhamos não arde como ardia, sabemos que viemos e que vamos. Que não será aqui a nossa festa.
De súbito chegamos a saber que andávamos sozinhos. De súbito vemos sem sombra alguma que não existe aquilo em que nos apoiávamos. A solidão deixou de ser um nome apenas. Tocamo-la, empurra-nos e agride-nos. Dói. Dói tanto! E parece-nos que há um mundo inteiro a gritar de dor, e que à nossa volta quase todos sofrem e são sós.
Temos de ter, necessariamente, uma alma. Se não, onde se alojaria este frio que não está no corpo?
Rimos e sabemos que não é verdade. Falamos e sabemos que não somos nós quem fala. Já não acreditamos naquilo que todos dizem. Os jornais caem-nos das mãos. Sabemos que aquilo que todos fazem conduz ao vazio que todos têm.
Poderíamos continuar adormecidos, distraídos, entretidos. Como os outros. Mas naquele momento vemos com clareza que tudo terá de ser diferente. Que teremos de fazer qualquer coisa semelhante a levantarmo-nos de um charco. Qualquer coisa como empreender uma viagem até ao castelo distante onde temos uma herança de nobreza a receber.
O tempo que nos resta é de aventura. E temos de andar depressa. Não sabemos se esse tempo que ainda temos é bastante.
E de súbito descobrimos que temos de escolher aquilo que antes havíamos desprezado. Há uma imensa fome de verdade a gritar sem ruído, uma vontade grande de não mais ter medo, o reconhecimento de que é preciso baixar a fronte e pedir ajuda. E perguntar o caminho.
Ficamos a saber que pouco se aproveita de tudo o que fizemos, de tudo o que nos deram, de tudo o que conseguimos. E há um poema, que devíamos ter dito e não dissemos, a morder a recordação dos nossos gestos. As mãos, vazias, tristemente caídas ao longo do corpo. Mãos talvez sujas. Sujas talvez de dores alheias.
E o fundo de nós vomita para diante do nosso olhar aquelas coisas que fizemos e tínhamos tentado esquecer. São, algumas delas, figuras monstruosas, muito negras, que se agitam numa dança animalesca. Não as queremos, mas estão cá dentro. São obra nossa.
Detestarmo-nos a nós mesmos é bastante mais fácil do que parece, mas sabemos que também isso é um ponto da viagem e que não nos podemos deter aí.
Agora o tempo que nos resta deve ser povoado de espingardas. Lutar contra nós mesmos era o que devíamos ter aprendido desde o início. Todo o tempo deve ser agora de coragem. De combate. Os nossos direitos, o conforto e a segurança? Deixem-nos rir… Já não caímos nisso! Doravante o tempo é de buscar deveres dos bons. De complicar a vida. De dar até que comece a doer-nos.
E, depois, continuar até que doa mais. Até que doa tudo. Não queremos perder nem mais uma gota de alegria, nem mais um fio de sol na alma, nem mais um instante do tempo que nos resta.

( By Paulo Geraldo)
                                                 

17 de abril de 2016

Permitamos sermos livres




                                                         
Então eu estou aqui
E você também
Me permita ser o seu espelho esta noite
Como quem sabe no fundo
Que não há distância neste mundo
Pois somos todos uma só alma
Somos livres e não possuímos as pessoas
Temos apenas o amor por elas e nada mais
E é preciso ter coragem para
ser o que somos sustentar
uma chama no corpo sem deixar a luz se apagar
É preciso recomeçar no caminho que vai para dentro
vencendo o medo imaginado
assegurar-se no inesperado, confiando no invisível
desprezando o perecível, na busca de si mesmo 
Ser o capitão da nau no mais terrível vendaval
na conquista de um novo mundo mergulhar bem fundo
para encontrar nosso ser real
E rir pois tudo é brincadeira
Que cada drama é só nosso modo de ver 
A vida só está nos mostrando
Aquilo que estamos criando
Com nosso poder de crer 

Luís Antônio Gasparetto



15 de abril de 2016

Amor e sexo na terceira idade


De acordo com o site Saúde Vida On-line, sexo na terceira idade, além da satisfação física, reafirma a identidade de cada parceiro, demonstrando que cada pessoa pode ser valiosa para a outra, trazendo também auto-estima e felicidade. Junto ao sexo também estão valores muito importantes na terceira idade: a intimidade, a sensação de aconchego, o afeto, o carinho, o amor.
O passar dos anos causa uma diminuição da função sexual, provocando uma queda na freqüência das relações. No caso da mulher, após a menopausa, esta pode apresentar perda de libido e outros fatores que contribuem para esta diminuição, enquanto o homem pode apresentar impotência e perda da sensibilidade. 
Na maioria das vezes o maior problema ainda se deve aos fatores emocionais e psicológicos, pois quando se comparam aos mais jovens, os senhores e senhoras se sentem inferiores e chegam a acreditar que não atraem mais o sexo oposto. 
O efeito Viagra tem mudado um pouco essa visão. Com ele os homens depois da andropausa, conseguem ter a ereção com mais rapidez, além de durar por mais tempo, revigorando a masculinidade dele e fazendo com que a mulher se sinta mais desejada.
Sexo é bom, faz bem para a saúde física e mental. Se adaptar ao sexo de acordo com sua idade, faz com que a coisa fique ainda mais bonita. 
Ser jovem, ser bonito e, muitas vezes, ser uma pessoa sem sentimentos, sem amor é uma pobreza. Melhor vive quem pensa mais no afeto, na companhia do que só no tesão.

Postado por "Nem defeitos, nem qualidades" 
O fantasma feminio