4 de dezembro de 2011

A diferença pede licença.




A sociedade é um imenso mercado, onde muito cedo as pessoas são etiquetadas e colocadas em algum lugar, sem escolha possível. O bonito, o feio, o desajeitado, o inteligente, o atrasado, o grande, o pequeno, o normal, o anormal... E julga-se, sem piedade, os fracos, os fortes, os vencedores, os perdedores, os sãos, os doentes. Chama-se de diferente aquele que não está na mesma linha de normalidade que a maioria do ser humano.


Mas, o que é ser diferente senão o fato de não ser igual? Não somos assim, todos diferentes? Por que etiquetas, se todos trazemos em nós riquezas inúmeras, mesmo se muitas vezes imperceptíveis aos olhos humanos?

A diferença pede licença sim!!! Dá-me oportunidade! Deixa-me mostrar quem sou, ao meu tempo! Deixa-me desenvolver minhas capacidades e farei florir meu deserto. Peço é oportunidade para mostrar do que sou capaz. Peço aceitação para estar no meu lugar, não o escolhido pra mim, mas aquele onde sou capaz de chegar.

Se não plantamos sementes, jamais colheremos frutos!Deixar que cada qual desenvolva a seu tempo e seu ritmo o seu potencial é dar abertura ao mundo. É a diversidade de flores que dá a beleza a um jardim. Quem é normal e quem é anormal se o sangue corre da mesma forma para todos, se o coração bate da mesma forma, se as lágrimas têm a mesma cor e se o sorriso fala com as mesmas palavras? A diferença pede aceitação, pede respeito, pede tolerância e pede, sobretudo, muito amor.

Anormal não é quem foge dos padrões sociais; anormal é quem não compreende e não aceita que somos todos seres imperfeitos, mas, nem por isso, diminuídos aos olhos de Deus; anormal é quem se acredita grande e pensa que o mundo todo é pequeno; é quem não percebeu o verdadeiro significado da palavra amar.  Quando Jesus morreu de braços abertos foi para abraçar toda a humanidade; quando perdôou o ladrão, lavou pés, sarou cegos e leprosos, foi para nos dar a lição da humildade, para nos mostrar que grande mesmo é aquela pessoa capaz de abrir todas as portas do seu coração e de olhos fechados receber com amor todo aquele que a vida coloca no nosso caminho, independente da sua classe social, raça, religião, condição física ou mental.

A diferença pede licença!...Abra-lhe o caminho e você vai ver onde ela é capaz de chegar!



 Letícia Tompson


17 de novembro de 2011

Vendo com os olhos do coração...






Dois homens, seriamente doentes, ocupavam o mesmo quarto em um hospital. Um deles ficava sentado em sua cama por uma hora todas as tardes para conseguir drenar o líquido de seus pulmões. Sua cama ficava próxima da única janela existente no quarto. O outro homem era obrigado a ficar deitado de bruços em sua cama por todo o tempo. Eles conversavam muito. Falavam sobre suas mulheres e suas famílias, suas casas, seus empregos, seu envolvimento com o serviço militar, onde eles costumavam ir nas férias. E toda tarde quando o homem perto da janela podia sentar-se ele passava todo o tempo descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver através da janela. O homem na outra cama começou a esperar por esse período onde seu mundo era ampliado e animado pelas descrições do companheiro. Ele dizia que da janela dava para ver um parque com um lago bem legal.


Patos e cisnes brincavam na água enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos. Jovens namorados andavam de braços dados no meio das flores e estas possuíam todas as cores do arco-íris. Grandes e velhas árvores cheias de elegância na paisagem, e uma fina linha podia ser vista no céu da cidade. Quando o homem perto da janela fazia suas descrições, ele o fazia de modo primoroso e delicado, com detalhes e o outro homem fechava seus olhos e imaginava a cena pitoresca. Uma tarde quente, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile na rua e embora ele não pudesse escutar a música, ele podia ver e descrever tudo. Dias e semanas passaram-se. Em uma manhã a enfermeira do dia chegou trazendo água para o banho dos dois homens, mas achou um deles morto. O homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante o seu sono à noite. Ela estava entristecida e chamou os atendentes do hospital para levarem o corpo embora. Assim que julgou conveniente, o outro homem pediu a enfermeira que mudasse sua cama para perto da janela. A enfermeira ficou feliz em poder fazer esse favor para o homem e depois de verificar que ele estava confortável o deixou sozinho no quarto. Vagarosamente, pacientemente, ele se apoiou em seu cotovelo para conseguir olhar pela primeira vez pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela e quando conseguiu, deparou-se com um muro todo branco. Ele então perguntou à enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas, todos os dias se pela janela só dava para ver um muro branco? A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo.



 Moral da História Há uma tremenda alegria em fazer outras pessoas felizes, independente de nossa situação atual. Se você quer se sentir rico, apenas conte todas as coisas que você tem e que o dinheiro não pode comprar. Dividir problemas e pesares é ter metade de uma aflição, mas felicidade quando compartilhada é ter o dobro de felicidade.



 Autor desconhecido.





4 de novembro de 2011

Namore a Vida! Apaixone-se por ela... E seja feliz!








Vivemos acomodados e acomodando muita coisa no nosso dia-a-dia. Mas acomodamos poucos sorrisos. Estes deixamos de lado quando alguma coisa acontece que nos contraria. Perdemos a luta pela felicidade antes mesmo que ela comece, porque baixamos os braços e nos sentimos incapazes.
Mas quem são os incapazes senão as pessoas que perderam todos os seus sonhos? Para os fortes a desesperança é apenas uma palavra inventada para justificar a derrota antecipada dos que abandonaram a vontade de viver. A vida é tudo isso que temos aqui, é até mesmo os problemas que nos ensinam a ficar no lugar certo de vez em quando e a vida é o tempo que nos é dado graciosamente pelo Pai para colhermos dele nosso bem. Não acostume-se à tristeza e ao desânimo só porque te disseram que é assim. Não creia que seu destino é ser triste e que a vida é uma carga que você deve carregar de olhos baixos. Cristo já carregou a cruz no nosso lugar e se algum fardo temos, Ele nos ajuda a carregar também. Nunca, nunca estamos sozinhos, nem mesmo quando nosso mais profundo âmago dói de tanta falta de presenças. Temos pés, mãos, braços e temos possibilidades. O que não nos é dado, inventaremos.
Namore a vida! Apaixone-se por ela, conquiste-a! Alie-se ao tempo para construir com ele algo de bom e que deixe rastros da sua passagem por aqui. Faça algo por você mesmo e seja feliz!



Autora: Letícia Thompson
Imagem na postagem: Francine Piaia em recente ensaio fotográfico.















22 de outubro de 2011

Bendita e libertadora velhice!










Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítica de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo .. Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumada, de ser extravagante.


Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.


Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até às quatro horas e dormir até meio-dia? Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 e 70, e se eu, ao mesmo tempo, tiver desejo de chorar por um amor perdido ... Eu vou.


Vou andar na praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.


Eles, também, vão envelhecer.


Eu sei que eu sou às vezes esquecida. Mas há algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.


Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.


Eu sou tão abençoada por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.


Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.


Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.


Eu ganhei o direito de estar errada.


Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velha. Ela me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).


Que nossa amizade nunca se separe porque é direto do coração!





Autor desconhecido








3 de outubro de 2011

Expectativas






Expectativas são esperanças que colocamos em outras pessoas ou outras coisas e que podem guiar nossa maneira de viver.






As pessoas mais sensíveis estão mais sujeitas ao sofrimento, porque vivem da esperança, mesmo se íntima, que os outros vão reagir como elas esperam. E elas esperam quase sempre. Amam, doam-se verdadeira e inteiramente e quando o retorno não vem, sentem-se feridas, pequenas, magoadas e até mesmo mal-amadas.




Não aprendemos ainda a "receber" o outro tal qual ele se oferece. Todas as outras pessoas que nos cercam não são pedaços de nós espalhados, mas sim seres independentes, com personalidade diferente, maneira de amar e se entregar que pode não condizer com o que nós somos.




Mas amar diferente não é amar menos, é só amar diferente. Amar sem esperar retorno é amar incondicionalmente. Difícil, difícil!... Cobramos sempre, dos nossos pais, da família, dos amigos, daqueles que fazem parte do nosso dia-a-dia. Mesmo se essa cobrança é implícita, ela existe. E somos conscientes, senão isso não causaria sofrimento.




É verdade que é cansativo dar-se a cada instante e se contentar disso sem esperas. Geralmente quem dá, dá o que gostaria de receber. Quem visita, convida, telefona, diz coisas agradáveis... vive em constante expectativa de receber o mesmo. É como dar um presente e ficar esperando pra ver se o outro gostou. No fundo queremos que gostem, que digam algo agradável, que fiquem felizes para que nos sintamos recompensados pelo ato.





Amar, porque é natural é sublime e divino. Amar sem desprendimento, simplesmente porque o outro traz ternura ao nosso coração é algo que precisamos exercitar. Se lavamos nossa alma das expectativas do sentimento dos outros, aprenderemos a amar desinteressadamente. Aprenderemos a ser felizes não por que os outros nos correspondem, mas simplesmente pelo fato de existirem e trazerem ao nosso coração esses raios de luz que nos iluminam e tornam nossa vida mais encantada.


© Letícia Thompson




"Eu gostaria de lhe agradecer pelas inúmeras vezes que você me enxergou melhor do que eu sou. Pela sua capacidade de me olhar devagar, já que nessa vida muita gente já me olhou depressa demais.”






Pe. Fábio de Melo








14 de setembro de 2011

Não adie para amanhã... Faça hoje! Faça agora!





As pessoas não são eternas. Pelo menos não na vida terrena.
Elas apenas passam, vivem o tempo que lhes é ofertado e retornam à terra.
Ninguém pode acrescentar um segundo sequer à sua vida ou à de alguém.
Não temos esse poder e quando a hora chega, ela chega.
Mas preferimos não pensar nisso. Julgamos que temos todo o tempo do mundo
para fazer isso ou aquilo, para recuperar o perdido,
para sarar o ferido e restabelecer a paz.
Amanhã eu ligo, amanhã eu faço, amanhã peço perdão, amanhã me reconcilio, amanhã...
como se pudéssemos segurar o amanhã nas nossas mãos!
Como se ele fosse chegar por nossa vontade e trazer tudo como ontem ou como hoje! Amanhã? Hoje é o amanhã de ontem e tudo continua na mesma, por que espera-se pelo amanhã.
Cada qual tem sua história e suas histórias. Cada qual sua cruz e suas dores,
suas alegrias, seus lamentos, seus dissabores, seus ganhos e perdas.
É o que nos forma como pessoas, que nos dá a impressão de existir, de fazer parte do universo.
E há, assim, como com milhares de outros, relacionamentos quebrados,
porque um dia alguém feriu e foi ferido.
Quando isso acontece, construímos em volta do nosso coração um muro, uma barreira
que o outro não pode atravessar.
Nos sentimos tão importantes com isso que nem percebemos que esse muro
impede o outro de entrar, mas nos impede, a nós, de sair.
Nos tornamos prisioneiros, aprisionados das nossas idéias e nossas mágoas.
Não estendemos a mão e recusamos a do outro, caso nos estenda.
Enquanto isso, a vida continua.
Não damos, talvez para punir e não recebemos, como punição que nos infligimos
a nós mesmos, inconscientemente.
Vamos deixar para amanhã para resolver isso, porque hoje estamos magoados
demais, não conseguimos perdoar e não queremos dar o braço a torcer, afinal, não erramos.
E eu diria, como Cristo, quem nunca errou, que atire a primeira pedra!
Amanhã não existe. O amanhã, só o conhecemos quando o sol nasce
e que o Senhor nos dá aquele dia a mais.
E todo mundo não chega lá.
Não podemos afirmar que estaremos ainda aqui,
porque a vida é imprevisível, às vezes temos o sentimento que é mesmo cruel.
Se o hoje nos é ofertado, por que não viver sem grades e sem muros,
em comunhão com o mundo e com Deus?
O orgulho?
Olhe para ele de cara feia
e diga: eu quero é ser feliz e se eu quero, eu vou ser feliz!
Muros nos impedem de abraçar, de sentir o calor ou as batidas do coração do outro. Nos impedem de dar e de receber, nos transformam em pessoas separadas e isoladas.
Destrua, então, com coragem, dessa que só os grandes possuem,
esse muro em volta do seu coração e volte a abraçar.
Perdoe, mesmo se perdão não foi solicitado, porque cada qual deve dar conta da sua vida
a Deus e a outra pessoa responderá por si mesma.
Liberte-se , porque se o amanhã não vier para a outra pessoa,
você terá que aprender a conviver com seu coração fechado
e terá perdido os melhores anos da sua vida.
(Letícia Thompson)





5 de setembro de 2011

Ocupar a mente e o coração...



Antigamente, nas sociedades tradicionais, os velhos eram muito considerados por serem sinônimo de lembranças e sabedoria. Atualmente, o descaso e o desprezo os excluem da sociedade. Muitos julgam os membros da melhor idade como pessoas improdutivas para a sociedade e torna-se comum encontrar idosos abandonados e ignorados dentro da própria família.




A velhice hoje é vista por muitos como um período de decadência física e mental. É um conceito equivocado, pois muitos cidadãos que chegam aos 65 anos ainda são completamente independentes e produtivos. Acreditamos na decadência sim, mas da sociedade que não dá valor as necessidades dos nossos velhos.




A população idosa, em nosso país, cresce a cada dia e com ela as dificuldades e as necessidades de adequar soluções eficientes, com o objetivo de tornar digna a vida do grupo da melhor idade. Uma velhice tranqüila é o somatório de tudo que beneficia o corpo e a mente, como por exemplo, a criação desse blog que deseja estimular os idosos a manterem a constante busca pelo conhecimento.


Ao contrário do que se pensa, a melhor idade pode e deve manter uma vida ativas seja através de práticas mentais ou físicas. A busca de uma vida com qualidade e o não aniquilamento das capacidades, inclui o preenchimento das carências no que tange à afetividade e convivência social. Esta é a grande alavanca do bem-estar, da felicidade e, conseqüentemente, da longevidade: ocupar a mente e o coração.



Publicado em Geral / Hipertensão













21 de agosto de 2011

É no "agora" que a vida acontece e vale a pena !





Só há vida no presente. Acompanhe comigo este raciocínio: o passado passou. Não existe mais e nada e ninguém o fará existir. Só a nossa imaginação é capaz de viver neste tempo morto. Através dela experimentamos sentimentos que se foram, mas deixaram marcas nas nossas emoções e no nosso corpo. E é através dela que podemos limpar estes sentimentos, apagando a memória que eles deixaram. O futuro ainda não chegou. Portanto, também não existe. Só nossa imaginação pode viver neste tempo que ainda não chegou. Portanto, não há outra alternativa a não ser:




VIVER NO TEMPO PRESENTE. ESTE É O ÚNICO QUE É VIVO, O ÚNICO QUE TEMOS. 





Viver cada segundo com a intensidade de um dia todo, viver como se a vida não fosse continuar no minuto seguinte. E isso exige que estejamos presentes no momento presente. Como? Ouvindo o que acontece ao nosso redor, vendo o que se descortina sob nossos olhos, sentindo o que tudo isso causa no nosso corpo físico, mental e espiritual. Participando de cada segundo com toda a energia, como se estivéssemos nascendo naquele segundo exato com toda a nossa força direcionada para este esforço.
Fique no presente, fale no presente, pense no presente. Porque viver no passado (através das lembranças) ou no futuro (através do nosso imaginário fantasioso) é muito fácil. Mas, nada nos acrescenta. Eckhart Tolle, em seu livro O Poder do Agora (Editora Sextante) escreve: “Os problemas são obras da mente e precisam do tempo para sobreviverem. Não podem sobreviver na realidade do AGORA. 

Concentre sua atenção no AGORA e diz-me que problemas você tem neste momento. Eu diria: os problemas são obras da sua imaginação, que consegue fantasiar o futuro e manter o passado vívido. Os problemas precisam do tempo (passado e futuro) para sobreviverem. Concentre toda a sua atenção no presente, no momento, no segundo em que está vivo e agora me responda:- Onde estão os seus problemas? Podemos perceber muitas vezes pessoas que estão ao nosso redor e que, na verdade, não estão ali. Falamos, mostramos, desenhamos, fazemos analogias e quando terminamos a pessoa faz a mesma pergunta com a qual iniciou a conversa. 

Na verdade, as pessoas não querem estar presentes, não querem sentir o impacto que as ações causam. Querem respostas prontas, fáceis. Querem soluções mágicas sem passar por nenhum processo. Querem viver no torpor repetindo situações e sentimentos do passado ou sonhando com situações e sentimentos do futuro. E quando não encontram estas respostas fáceis (felizmente, porque elas não existem) dão de ombros e vão em busca de outras formas de obter estas respostas fáceis. 

Um copo de bebida pode ser uma resposta fácil. Uma relação sexual também pode. O uso de uma droga, também pode. E depois que o efeito passar? Fuja das respostas prontas, imediatas, especialmente aquelas que você pode pagar por elas. Normalmente não tem efeito muito duradouro. São respostas ao desejo. Não são respostas para a Vontade. São respostas que tiram você do tempo e projetam todo seu ser no mundo da não ação”. Lembremos os versos de Francisco Otaviano Paes, que dizem: 





 QUEM PASSOU PELA VIDA EM BRANCAS NUVENS 
E EM PLÁCIDO REPOUSO ADORMECEU 
QUEM NÃO SENTIU O FRIO DA DESGRAÇA 
QUEM PASSOU PELA VIDA E NÃO SOFREU 
FOI ESPECTRO DE HOMEM, NÃO FOI HOMEM 
SÓ PASSOU PELA VIDA, NÃO VIVEU! 
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By Zenóbia Collares Moreira Cunha.

11 de agosto de 2011

Para que brigar, se amar é muito melhor?...












Que saudade que dá quando a gente briga com quem ama e não pode ficar juntinho, dando beijinhos e fazendo gracinhas todos os dias o dia inteiro pelo telefone, quando chega em casa do trabalho, nos finais de semana quando as crianças estão distraídas.



Que saudade que dá não poder acordar de manhã e dar aquele bom dia gostoso, com um sorriso largo, um beijo na boca bem molhado, um ensaio de amor apressado com o tempo contado por ter que sair pra trabalhar.


Que saudade que dá não poder entrar no chuveiro surpreendendo o amor da gente quando ele menos espera e ali mesmo extravasar todo desejo e sentir todo prazer que, fora de hora, é a melhor coisa de se fazer.


Que saudade que dá não poder sussurrar no ouvido do outro, "delicia", "te amo", "te quero" e tantas outras besteirinhas que quando tudo está bem, a gente fala o dia inteiro.


Que saudade que dá de receber ou enviar mensagens indecorosas, daquelas que chegam em meio a uma reunião de trabalho dizendo: "Que noite deliciosa, quero outras".


Que saudade que dá de ganhar e dar umas pegadinhas no "bumbum" quando menos se espera, ou ser abraçado por trás de surpresa, na cozinha, no supermercado, em meio a tudo e a todos para inveja de todos que estão em volta. Essa coisa de ficar brigado é pra casal de bobos que se dispõe a perder tempo com mazelas que não levam a lugar nenhum.


Conversar é uma solução quase sempre eficaz, da certo sim, mas... Cair na cama também pode ser tudo de bom. A conversa pode ficar pra depois e às vezes ela nem é necessária. Casais que se amam muito, quando se estranham, nem entendem bem porque a coisa aconteceu. É claro que ficam imediatamente arrependidos e loucos para fazerem as pazes, porém um orgulhozinho tolo toma conta da situação e pode se arrastar por dias.



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Pode ser até que estes dias sirvam para uma reflexão ou um descanso do cotidiano, contudo, ninguém passa bem por esta fase, isto é certo. A saudade dói e por maior e pior que sejam os motivos que levaram a briga, por mais grave que tenha sido o remédio é se desculparem logo e caírem de uma vez nos braços um do outro. Em amor não se perde tempo, se ganha em alegria de viver com alguém, se ganha à própria vida. Um amor bem vivido, sem chatices a interferirem descuidadamente no cotidiano, transmuta em energias necessárias para o nosso bem estar. Cometemos sempre os mesmos erros pautados em conceitos arcaicos que visam à disputa entre homens e mulheres e que têm como conseqüência, certamente, um distanciamento nocivo e que agride, irrefutavelmente, o já citado bem-estar, o equilíbrio e a razão destes mesmos homens e mulheres. Quem se acostuma a viver acompanhado, não deve brincar de querer viver só. Faz um mal danado. Desorienta.


Pra que brigar se, inevitavelmente, amanhã ou depois, por pura necessidade do corpo do outro ou por puro desejo de um aconchego gostoso, vamos pisar em nosso orgulho e fazer de conta, simplesmente, que nada daquilo aconteceu. Costuma acontecer com casais muito apaixonados, no início do relacionamento, ou mesmo em toda vida, brigarem muito. Eles têm correndo nas veias um fluido louco que os impulsiona, que os cega e que gera sentimentos que normalmente não são manifestados em casais que vão arrastando a vida juntos (ai que chato viver assim) ou em casais que mesmo apaixonados já encontraram certo grau de maturidade no relacionamento. Sentimentos, como, por exemplo, o ciúme.


Eu explico. Casal assim, apaixonado, tem a libido sempre em alta. Fazem do sexo o "ponto alto" e o "carro chefe" da sua relação (e não tem nenhum erro nisto), e sabe-se bem que paixão é uma coisa muito doida, permeada por uma química que não se explica e pode sim, gerar conflitos de toda ordem. Eu explico de novo. Paixão não tem muito a ver com razão, todo mundo sabe disso e quando se perde a razão quase sempre se acha uma confusão e o casal que não tem sabedoria e maturidade para ponderar sobre este aspecto, acaba brigando, quase sempre sem razão. Nossa que confusão. Vou tentar explicar de novo.


A paixão, geralmente, conduz a fantasias de toda ordem. Neste caso, poderia fantasiar-se que o parceiro que é um vulcão na cama, possa não se contentar somente com os momentos que passam juntos e que, provavelmente, nas horas em que está afastado, ele possa estar nos braços de outra pessoa. A verdade é que em meio a esses devaneios acontece de tudo, o celular do outro não atende, ou ele demora mais que o normal para chegar em casa, ou chega com um perfume diferente (que experimentou em uma loja de perfumes, coitado), ou teve um problema no trabalho e chega mais irritado ou mais reflexivo, e aquele que está dominado, naquele instante, pelo ciúme e pela insegurança, vai logo dando asas a estas fantasias e a briga começa.



São situações onde ninguém pensa na qualidade da pessoa que tem como parceira. Esquece-se do caráter, do amor que lhe é dedicado, das promessas, de como se dão bem juntos. É algo sem explicação. Simplesmente começa-se uma discussão que vai tomando um vulto sem proporções, ou melhor, que vai se transformando em briga e quando o casal se dá conta, pronto, já estão aos gritos e a um passo de viver a tal distância, quase sempre, tola e desnecessária.Não briguem à toa, nem por nenhum motivo. Tem tanta coisa melhor que brigar. Amar é tão melhor!Vivam, cresçam, floresçam. A vida passa tão depressa.



Autora: Jussara Hadadd, terapeuta holística, especializada em sexualidade.



5 de agosto de 2011

Auto-ajuda na Solidão e falta de objetivos







Como suportar passar pela frustração de sentir-se só, sem objetivos e conseqüentemente com muito medo? Esse momento doloroso apesar da aparência negativa pode ser bastante positivo para dar impulso ao eu interior e às respostas que precisa!


Li certa vez uma frase atribuída a Carl Jung, psicanalista que sucedeu Freud, que resume o conflito da alma do ser humano na busca de si, que é: "O paciente precisa estar só, para reconhecer o que realmente o sustenta, quando mais nada externo consegue sustentá-lo. Só então encontrará sua base indestrutível!" Só estaremos realmente tendo chances de entrar em contato com o que é verdadeiramente importante em nossa vida, quem somos e o que nos sustenta, quando percebemos que nada no mundo externo pode nos sustentar de fato. 


Esses momentos podem chegar sem dor com a colaboração de nossa consciência que se expande e deixa de atribuir ao externo, aos outros, o poder de sustentar nossa vida. Vemos a tudo e todos como companheiros de caminhada e não como muletas. Ou, essa busca pode vir com angústia, medo e sensação de solidão, quando em meio à dor, todas as nossas crenças são desafiadas, e não podemos contar com ninguém para sustentar nossa angústia e nossa vida. 


Parece que o chão se abriu a nossos pés, e nos falta o apoio. Nesse momento de extrema sensação de solidão, sentimos como se nada pudesse nos motivar ou tivesse importância, consistência ou objetivo. Essa é a grande noite escura da alma! Se continuarmos a procurar no externo motivações de vida ou a buscar nossa identidade na opinião dos outros, estaremos fadados ao insucesso e a muitas frustrações. Nosso olhar precisa se dirigir ao interno, à busca de nossa base indestrutível, e essa busca pode ter início com muita curiosidade e prazer! Mas infelizmente, algumas pessoas precisam chegar a um ponto quase insuportável de tensão para começarem a fazer esse caminho interior.



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E talvez por não conseguirem abandonar a visão e o mundo externo, essas pessoas acabem provocando que esse mesmo mundo ao qual se apegam as abandone primeiro. Talvez precisem se sentir descendo às profundezas de um poço escuro para terem que buscar suas respostas e sustento no eu interior. Mas seja qual for o motivo da descida, gosto de dizer que no "fundo do poço existe uma potente mola, e não, um ralo!" 


Existe no fundo do poço a mola que nos impulsiona para cima! Às vezes, só mesmo chegando ao fundo da piscina é que encontramos apoio pra dar impulso e voltar à superfície! Talvez seja essa a sua hora de subir! Hora de dar a si mesmo esse impulso! Procure seu eu interno, sua verdade interior, sua alma, que é quem tem as respostas corretas! Qual é sua base indestrutível? O que sente de verdade? Qual sua principal missão nessa vida? Quem é você realmente? Quais os seus anseios? 


Existe algo que só você pode fazer nesse mundo e por isso nasceu, por isso está aqui e agora nesse planeta Terra. Busque e faça o que veio fazer, sem se importar com o que o externo ache a respeito! Ouse! Construa algo que tem em seu coração e verá o quanto o mundo precisava disso. Mas somente você é quem poderia fazer, pois somos seres únicos e a cada um de nós cabe uma parte dentro da grande obra de construção de um mundo melhor! 


Todas essas respostas estão dentro de você! Perceba que na verdade você já conhece essas respostas, mas apenas não ousou dizê-las a si! Não existe solidão para quem encontrou a si mesmo! Esse assunto é amplamente discutido nos livros de autoconhecimento e Meditação Ráshuah, que você encontra na página de Livros e CDs. Por hora, vamos meditar sobre isso fazendo o relaxamento narrado da página Meditação on line. Durante o espaço musical procure tirar sua mente dos pensamentos que tem a respeito de suas dúvidas e inseguranças e deixe que venha a percepção de sua alma, de seu amor, de seus sentimentos mais sublimes de amor e proteção! 


Envolva-se no sentimento de amor e proteção, pois esse é o sentimento que nos liberta da insegurança. Deixe que seu coração se complete, se encha do mais puro amor. Projete esse amor à seu corpo, sua mente, e sua vida. Deixe que o amor tome conta de cada célula de seu corpo, de toda sua alma! Sinta-se assim, amoroso e pleno! Ame-se! Você é um ser muito, muito especial, porque é único e o amor universal o protege! Abençoe sua vida e seus relacionamentos, pois tudo à sua volta é ensinamento! Aceite com amor esse ensinamento e mude sua vida para melhor! Fique em paz no amor e na divina perfeição que somos todos nós, almas divinas! 





Autora: Vera Calvet


http://www.rashuah.com.br/textos_ajuda









1 de agosto de 2011

A chave da felicidade





Muitas vezes quando nos julgamos muito inteligentes, estamos apenas no meio do caminho que essa palavra significa. Ser inteligente não é saber tudo ou ter a curiosidade de tudo saber. Ser inteligente é tirar proveito das lições da vida, olhar os acontecimentos com objetividade e não permitir que as emoções dominem a situação.




Desistir na metade do caminho só porque alguém disse que seria difícil continuar, não é uma atitude inteligente. É importante continuar e até com mais ânimo e vontade de vencer quando as dificuldades apontarem na esquina. Fazemos isso com as crianças quando queremos obter alguma coisa delas dizendo "aposto que você não vai conseguir" porque sabemos que ela vai pegar aquilo como um desafio e vai se desdobrar em esforços. E por que baixamos os braços, nós, adultos, conscientes e tão sábios?




Há quem diga que tomou esse ou aquele caminho porque não teve opção. É a vida, o que podemos fazer? Devemos aceitar as situações porque esse é o nosso destino. Será? Se fosse assim, melhor seria não fazer nada, se sentar num canto e esperar o destino acontecer.




Temos opções sim, mesmo se não são as que esperamos, as que desejamos. Podemos desistir, podemos perseverar, podemos ficar parados para ver o que acontece. O que não podemos, geralmente, é voltar atrás. Não... nós voltamos atrás nas nossas decisões, mas não nas conseqüências que elas já ocasionaram em nós... e nos outros!




Quando a caminhada parecer longa e dura demais e as pessoas acharem que você vai desistir, encha o peito de fôlego e prove do que você é capaz. Volte a ser criança e aceite o desafio, sem duvidar um instante que você vai conseguir. Lute até o último instante e se você não mudar a situação, vai ter deixado pelo menos nos outros e em você mesmo a impressão de um batalhador, que não se deixa facilmente vencer.




Não deposite nas mãos de ninguém e em nada a chave para a sua felicidade. Guarde consigo o poder de ser dono da sua própria vida e diga-se que se você for um bom condutor, vai saber evitar acidentes. E se eles vierem, apesar de tudo, nem por isso condene-se! Muitas quedas acontecem para nos acordar para uma outra realidade, para nos ensinar a parar um pouco e, quem sabe, encontrar outras direções e saídas. E caminhar sem parar pode ser extremamente entediante e cansativo.




Guarde no seu coração o amor a si mesmo e aos outros, cultive a fé como arma de luta, como escudo, seja guerreiro na história, nem que seja a sua e vença, porque se o próprio Deus acredita em você, não há razão para duvidar.














Autora- Letícia Thompson -

















28 de julho de 2011

Juventude de espírito alegria de viver na terceira idade!




Há tempos passados, uma pessoa jovem insatisfeita com uma resposta minha às suas irreverências, chamou-me de velha e denominou-me Vovó Eva, com aquele tom de zombaria e de desrespeito que bem caracterizam certos jovens criados sem limites e sem as noções básicas de boa educação. Não fiquei chocada nem indignada, porque se há uma coisa com a qual eu convivo muito bem é com a minha idade e com as mudanças no meu físico, operadas pela passagem do tempo.


Não nego a idade, não perdi a vaidade, amo a vida e não saberia viver como vive a maioria das pessoas da minha faixa etária. *Ontem, calhou de chegar-me uma mensagem pps que me trazia um texto, de autor desconhecido, com o qual me identifiquei profundamente, como se fosse eu mesma quem o tivesse escrito, falando de mim mesma. 


Como sei que algumas pessoas frequentadora desse o blog estão se aproximando da terceira idade, ou têm suas mãe já idosas, resolvi postá-lo para que reflitamos sobre o que é mesmo isto que chamam de velhice, o que é ser uma velha, como se sentem as pessoas que se aproximam da idade avançada, se é possível não envelhecer interiormente, avançando nos anos com a energia, a disposição para viver em plenitude, fruindo os prazeres e as alegrias que a vida proporciona. 


Vejamos o texto: “Um dia desses uma jovem me perguntou como eu me sentia sobre ser velha. Levei um susto, porque eu não me vejo como uma velha. Ao notar minha reação, a garota ficou embaraçada, mas eu expliquei que era uma pergunta interessante, que pensaria a respeito e depois voltaria a falar com ela. Pensei e concluí: a velhice é um presente. 


Eu sou agora, provavelmente, pela primeira vez na vida, a pessoa que sempre quis ser. Oh, não meu corpo! Fico incrédula muitas vezes ao me examinar, ver as rugas, a flacidez da pele, os pneus rodeando o meu abdome, através das grossas lentes dos meus óculos, o traseiro rotundo e os seios já caídos. E constantemente examino essa pessoa velha que vive em meu espelho (e que se parece demais com minha mãe), mas não sofro muito com isso. 


Não trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, e o carinho de minha família por menos cabelo branco, uma barriga mais lisa ou um bumbum mais durinho. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais condescendente comigo mesma, menos crítica das minhas atitudes. Tornei-me amiga de mim mesma. Não fico me censurando se quero comer um bolinho-de-chuva a mais, ou se tenho preguiça de arrumar minha cama, ou se compro um anãozinho de cimento que não necessito, mas que ficou tão lindo no meu jardim. 


Conquistei o direito de matar minhas vontades, de ser bagunceira, de ser extravagante. Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar paciência no computador até às 4 da manhã e depois só acordar ao meio-dia? Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos das décadas de 50, 60, 70 e se, de repente, chorar lembrando de alguma paixão daquela época, posso chorar mesmo! Andarei pela praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulharei nas ondas e darei pulinhos se quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros. 


Eles, também, se conseguirem, envelhecerão. Sei que ando esquecendo muita coisa, o que é bom para se poder perdoar. Mas, pensando bem, há muitos fatos na vida que merecem ser esquecidos. E das coisas importantes, eu me recordo freqüentemente. Certo, ao longo dos anos meu coração sofreu muito. Como não sofrer se você perde um grande amor, ou quando uma criança sofre, ou quando um animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão a força, a compreensão e nos ensinam a compaixão. 


Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser forte, apesar de imperfeito. *Sou abençoada por ter vivido o suficiente para ver meu cabelo embranquecer e ainda querer tingi-los ao meu bel prazer, e por ter os risos da juventude e da maturidade gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto. Muitos nunca riram, muitos morreram antes que seus cabelos pudessem ficar prateados. 


Conforme envelhecemos, fica mais fácil sermos positivos e ligarmos menos para o que os outros pensam. Eu não me questiono mais. Conquistei o direito de estar errada e não ter que dar explicações. 


Assim, respondendo à pergunta daquela jovem graciosa, posso afirmar: “Eu gosto de ser velha”. Libertei-me!


Gosto da pessoa que me tornei. Não vou viver para sempre, mas enquanto estiver por aqui, não desperdiçarei meu tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupando com o que virá. E comerei sobremesa todos os dias e repetirei, se assim me aprouver… 


E penso que nunca me sentirei só. Sou receptiva e carinhosa, e se amizades antigas teimam em partir antes de mim, outras novas, assim como você, vêm a mim buscar o que terei sempre para dar enquanto viver: experiência e muito amor…


Pode ser que para muitas pessoas a velhice seja sinônima de decadência física e mental, seja a fase da anulação do indivíduo, seja o marco para a desistência de fazer parte integrante e atuante na dinâmica da vida, seja sinônimo de inutilidade ou que represente a interdição do sonho e dos desejos, a abdicação da dignidade e da auto estima de quem mesmo estando vivo, torna-se o espectro de si mesmo.


Para mim, a velhice é exatamente como a encara a jovem velhinha do texto: uma festa, uma celebração da vida e um ato de agradecimento a Deus por ter conseguido chegar até onde já cheguei, tão bem e tão saudável, varando as décadas, sem deixar jamais que a jovem que em mim existe se vá embora.





(Autora: Eva)


22 de julho de 2011

Bendita rebeldia de uma sábia senhora...











Era caixa no Banespa. Um belo dia me chega uma professora (uma professora, vejam só) e dá uma olhada nas minhas orelhas, pigarreia e lasca lá:




- Eu também tinha dois pares de brinco na orelha, mas aos 40 anos tirei tudo. Achei que não ficava bem pra uma mulher da minha idade.




Meus 4 pares de brinco sorriem para ela.




- Pois eu comprei e paguei pelos brincos. São meus. A orelha também é. Então eu uso enquanto eu quiser, quem quiser achar feio que coma menos.




Meus brincos sorriram de novo, pedindo desculpas pelo meu mau-humor matinal.…




Meu ex-marido número 2 (talvez até por isso seja ex), quando eu tinha apenas 22 anos veio com uma conversa de que eu tinha que abandonar minhas calças jeans e usar o estilo “jovem senhora” e nem bem tive tempo de mandá-lo peidar nágua pra fazer bolinhas me deu de presente um lindo terninho de linho. Bege, ainda por cima. Ficou em cima do guarda-roupa numa caixa até não sei quando, porque um belo dia procurei e não estava mais lá.


Ora, mas com os diabos! Tenho 50 e ainda não uso estilo jovem senhora! Entenda que sinto-me ainda muito nova pra usar essas coisas. E adoro roupa colorida. Ainda por cima bege? Vê lá se eu ia me sujeitar a me fantasiar desse jeito! Quando querem me botar em meu devido lugar e me lembram “a minha idade”, que eu deveria me comportar de acordo, etc e tal, eu só não mando ir à merda porque sou educada. Bem, nem tanto. De vez em quando eu mando. E cuidar da própria vida mando também. Velho pode sim. Pode usar tênis All Star. Calça jeans. Quantos brincos e penduricalhos desejar. Salto alto. Maquiagem. Tintura no cabelo. Velho pode. E quer saber? Posso até usar nariz de palhaço se quiser. E ninguém tem nada com isso. 



 (Zailda Coirano. In Evelhecência.blogspot.com)




17 de junho de 2011

Não ponha seus sonhos em lugares altos demais






Não ponha seus sonhos em lugares altos demais onde suas mãos não poderão alcançá-los.



Mesmo se a vida parece ilimitada, nós possuímos nossos limites e esperar por algo que está muito além pode nos impedir de olhar à nossa volta.


Buscamos longe flores que poderíamos encontrar em nosso jardim, porque o que está distante sempre parece encoberto por uma neblina que elimina toda imperfeição.


Não nos prepararam para aceitar as coisas ou as pessoas como elas chegam, com muita ou pouca bagagem, com força ou sem muita vontade. Então desenhamos na nossa mente e fotografamos no nosso coração algo que só pode existir atrás da linha da realidade. E nos pomos a esperar...


Nos tornamos assim culpados de uma solidão da qual culpamos a vida ou os demais. Nos negamos a aceitar, pedindo ainda que aceitem a nós, e continuamos esperando pelo que o amanhã vai nos trazer.


Envelhecemos sem sair do lugar, sonhando ainda e além, mas sem provar da vida nesses mínimos detalhes, nem sempre coloridos e perfeitos tais raios de arco-íris, mas reais o bastante para nos fazer sentir vivos.


Não... não ponha seus sonhos além do que os seus braços alcançam. Aprenda que ser feliz é buscar o contentamento do prazer de cada instante.


Aprenda a ser flexível e menos exigente. Ria de bom coração quando tiver que rir e não permita que as mágoas te impeçam de viver o minuto seguinte.


Preciosa é a vida e preciosos são os que amamos. Preciosos ainda são aqueles que nos amam, os que cativamos.


Precioso é o hoje, é o que temos, é o que tocamos. É essa realidade, nem todo o tempo bonita, mas ainda assim a nossa contribuição para a história do mundo.



Tenham uma linda e abençoada noite, tão cheia de estrelas quanto têm sido as minhas.

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 Autora: Letícia Thompson








3 de maio de 2011

Descubram o lado bom da rotina...












É quase que rotineiro ouvir alguém dizer que está cansado da rotina da sua vida. Entre os casais então esta talvez seja a maior queixa.


"Meu relacionamento está desgastado, caiu na rotina", dizem. "Não temos mais estímulo, a vida sexual está cada dia mais morna. Não dançamos, não viajamos não nos amamos mais com a mesma intensidade". 


A bem da verdade, em uma análise bem simples, os casais que vivem a procurar subterfúgios para a sua convivência talvez não se completem mais. Bum! Já pensaram sobre isto? Tentativas para se darem bem, na realidade pode significar que já não têm mais nada em comum ou até que nunca tiveram. A paixão que envolve os casais nos primeiros momentos do seu relacionamento pode gerar esta grande confusão. Bom, mas esta é só uma possibilidade e é coisa para se analisar com calma. 


O que eu quero mesmo dizer é que a rotina dos casais que se amam também tem o seu lado bom. E com um pouquinho de atenção eles poderão tirar proveito disso. 


Como assim? 


Pensem bem: O primeiro encontro é uma explosão, um fogo louco onde, aparentemente, tudo de bom pode acontecer para os dois. Mas você já ouviu alguém dizer que também foi constrangedor? Pois é, isso acontece muito quando a relação está cercada de envolvimento e de intenção de compromisso. Os dois não se liberam totalmente e no afã de agradar o parceiro fazem um monte de coisas que nem queriam de verdade. Ou então não exploram todo o seu potencial com receio de assustar o outro. E vão prosseguindo mesmo assim. 


Quando acertam os ponteiros, ou pelo menos um acha que está tudo bem, se unem definitivamente. Vão morar juntos e... Caem na rotina! E no lugar de tornarem isto um grande benefício para a relação, aparando as arestas, acertando as diferenças, quando a coisa deveria estar ficando boa de verdade, começam a inventar motivos para reclamarem da monotonia de suas vidas. Apontam defeitos, declaram suas frustrações, acomodam-se e coisas desse tipo. 


Coisa de maluco, não é mesmo? Vocês não devem estar entendendo nada. 


A coisa deveria funcionar mais ou menos assim: Ao superarem todas as dificuldades relativas às diferenças e diante de uma maior confiança e ainda ao se verem íntimos, os casais deveriam aproveitar para confiarem ao parceiro os seus desejos mais secretos. Deveriam também posicionar o outro quanto ao que mais lhe agrada como, por exemplo, um toque ou um cheiro ou um beijo em local onde fica mais excitado. A liberdade gerada pela intimidade permite expressões e palavras mais quentes sem que nenhum dos dois se sinta ofendido. Permite toques mais ousados e mais vigorosos, gemidos e sussurros mais libertos. Permite ficar mais sem vergonha sem que o outro duvide da sua integridade moral. 


Permite testar as posições mais adequadas aos corpos dos dois. Afinal, as pessoas nem sempre tem o mesmo tipo físico e dependendo do nível de comunicação entre eles, estas diferenças físicas podem atrapalhar bastante. O casal que se comunica nesta hora encontra facilidade para encaixar seus corpos e desfrutar das delícias do sexo com muito mais intensidade. 


Outro fato interessante é o horário do dia em que os dois estão mais dispostos para transar. Ela gosta mais a noite e ele mais pela manhã. Sendo assim nada como cada um ceder um pouquinho as suas preferências ao invés de radicalizar e se achar no direito de exigir do outro que sempre aconteça do mesmo jeito ou na mesma hora. 


As fantasias também podem ser reveladas sem susto pelos casais que se dão bem e são resolvidos e dispostos a se fazerem felizes. Na hora da cama vale tudo, desde que seja um acordo entre os dois e que isto se estabeleça em uma sessão de conversa franca, cercada de carinho e intenção verdadeira de fazer o outro feliz e de ser feliz nos braços dele. 


O casal integrado, íntimo e que usufrui de uma rotina favorável tem a liberdade de sugerir um ao outro que se cuidem, que façam ginástica, que emagreçam ou que engordem, que cuidem do cabelo, etc. 


Hoje em dia, até as questões como a impotência e a disfunção erétil podem ser vistas e resolvidas com menos desgaste. O casal que compartilha uma intimidade sincera, conversa sobre o assunto e opta junto por uma alternativa qualquer que venha favorecer os dois na hora do amor, como por exemplo, o uso de um remédio para que o homem tenha melhor ereção, sem que com isto a mulher se sinta humilhada ou rejeitada. 


Eles têm a certeza de que o problema não passa pelos dois. Ou então o uso de lubrificantes, porque ela já não produz mais seus mucos naturais, sem que ele pense que ele não é mais capaz de excitá-la. Ou ainda os exercícios que fazem com que os dois tenham músculos dos membros sexuais tonificados e virilidade garantida. Estas descobertas devem compor um ambiente alegre e cheio de expectativas para os dois. É uma curtição, muito ao contrário do que se pensa. 


O que mais permitiria tanto entendimento se não uma rotina saudável a dois. 


Uma rotina não precisa ser necessariamente chata e sem emoções. Não precisa ser medíocre. Ela pode ser uma rotina de constantes novidades, desde que exista vontade para tanto. Por que estagnar quando se pode crescer? Nós somos o que queremos ser e está em nossas mãos sermos felizes e vivermos uma vida coroada de alegria e prazer. 


Porque casais que se amam tanto estão perambulando por aí em busca de aventuras e novidades em pessoas estranhas, perigosas e incapazes de satisfazerem seus desejos. Vivendo fantasias vazias e frustrantes, quando simplesmente poderiam estabelecer para eles dois, maneiras de se relacionarem melhor? 


Combatam a hipocrisia, a competividade e a animosidade dentro da relação de vocês. Não se deixem levar por valores superficiais e influências externas que possam ameaçar todos os sonhos que já tiveram um dia. 


O que vocês fariam para viver intensamente uma relação fortuita? Quanto trabalho, tempo, artifícios e artimanhas despenderiam ou inventariam para agradar a um amante paralelo sem a certeza de satisfação garantida? 






Façam tudo isto por vocês! 


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Jussara Hadadd é sexóloga e terapeuta de casais. 















9 de abril de 2011

Um aprendizado muito especial



E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar. Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las. Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução. Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.


Decidi ver cada noite como um mistério a resolver. Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz. Naquele dia, descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de superá-las.


Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tenha sido. Deixei de me importar com quem ganha ou perde, agora, me importa simplesmente saber melhor o que fazer. Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir.


Aprendi que o melhor triunfo que posso ter, é ter o direito de chamar a alguém de "Amigo" . Descobri que o amor é mais que um simples
estado de enamoramento ... "o amor é uma filosofia de vida". Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser a minha própria tênue, luz deste presente.


Aprendi que de nada serve ser luz e não vai iluminar o caminho dos demais. Naquele dia, decidi trocar tantas coisas... Naquele dia, aprendi que os sonhos são somente para fazer-se realidade. E desde aquele dia já não durmo para descansar. Agora simplesmente durmo para sonhar.


(Walt Disney)




5 de abril de 2011

A Porta de Ferro



"Numa Terra em guerra havia um Rei que causava espanto. Cada vez mais fazia prisioneiros, porém não os matava. Levava-os à uma sala onde havia um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro lado. Nesta sala ele os faziam ficar em círculos e os ordenavam:
-Vocês podem escolher morrer flechados pelos meus arqueiros ou passarem por aquela porta e descobrirem o que há atrás dela! Todos que por ali passaram optaram por morrerem flechados pelos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado, que por muito tempo servia ao Rei, perguntou-lhe:
-Senhor posso lhe fazer uma pergunta??
-Diga soldado!

-O que havia por trás de tão assustadora porta ?

-Vá e veja

O soldado então abre vagarosamente a porta e percebe que a medida que o faz, os raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente até que totalmente aberta, nota-se que a porta levava a um caminho que saíria rumo a liberdade.

O soldado admirado apenas olha seu rei, que apenas diz :

-Eu dava a eles a escolha, mas optaram pela morte a abrir esta porta.

Então o soldado saiu pensativo, que matara tantas pessoas, porque estas, não acreditavam em si próprias ... Ele chorou!"



E nós? Quantas portas deixamos de abrir por medo de arriscar? Quantas vezes perdemos a liberdade e nos matamos por dentro apenas por alimentarmos o medo de abrir a porta de nossos sonhos ..

De arriscar o que supomos que não dará certo!




A vida é assim, temos escolhas em quase todos momentos, agora cabe a nós decidirmos: Abrir ou não a "porta" Se é certo ou não, só o tempo nos mostra. O que não podemos é deixar a VIDA passar, deixar nossos sonhos morrerem...



Autor: Marcelo Toller


26 de março de 2011

Urgência Emocional





Se tudo é para ontem, se a vida engata uma primeira, 

E sai em disparada, 

Se não há mais tempo para paradas estratégicas, 

Caímos fatalmente no vício 

De querer que os amores sejam igualmente 

Resolvidos num átimo de segundo. 



Temos pressa para ouvir "EU TE AMO", 

Não vemos a hora de que fiquem estabelecidas

As regras de convívio: 

Somos namorados, ficantes, casados, amantes? 



Urgência emocional. Uma cilada. 

Associamos diversas palavras ao AMOR: 

Paixão, Romance, Sexo, Adrenalina, Palpitação. 



Esquecemos, no entanto, da palavra 

Que viabiliza esse sentimento: 

"Paciência". 

Amor sem paciência não vinga. 

Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, 

Com fome desesperada. 



É preciso degustar cada pedacinho do Amor, 

No que ele tem de amargo e de saboroso,

No que ele tem de duro e de macio, 

Os nervos do Amor, as gorduras do Amor, 

As proteínas do amor, 

As propriedades todas que ele tem. 

É uma refeição que pode durar uma vida. 



Mas não. Temos urgência. 

Queremos a resposta do e-mail ainda hoje, 

Queremos que o telefone toque sem parar, 

Queremos que ele se apaixone assim que souber nosso nome, 

Queremos que ela se renda, logo após o primeiro beijo, 

E não toleraremos recusas, 

E não respeitaremos dúvidas, 

E não abriremos espaço na agenda para esperar. 



Temos todo o tempo do mundo, dizem uns; 

Não há tempo a perder, dizem outros: 

A gente fica perdido no meio deste fogo cruzado, 

Atingidos por informações várias, 

Vivências diversas, 

Parece que todos sabem mais do que nós, 

Pobres de nós,

que só queremos uma coisa nessa vida, 

" Sermos Amados ". 



Podemos esperar por todo o resto: 

Emprego, dinheiro, sucesso, 

Mas não passaremos mais um dia sequer sozinhos ...

"Te adoro", dizemos sei lá pra quem, 

Para quem tiver ouvidos e souber responder.

"Eu também",

que a gente está mais a fim de acreditar

Do que de selecionar. 



" Urgência Emocional " 

PRONTO-SOCORRO DO AMOR 

Atiramos para todos os lados 

E somos baleados por qualquer um.



E o coração leva um monte de pontos 

Por causa dessa tragédia: 

" PRESSA ". 



(Martha Medeiros)