31 de outubro de 2009

Sonhos de gente madura









Maduro não é quem viveu o suficiente; é quem tem vivências, que podem não estar necessariamente ligadas à idade.



Tudo na vida é encanto quando entramos na adolescência.Todos os sonhos são possíveis, tudo é festa e o paraíso parece estar ao alcance das nossas mãos.



Achamos que o primeiro amor vai durar para sempre, que vamos evoluir no trabalho, que as pessoas com as quais convivemos serão sempre sinceras e gentis.



Um dia, nos vemos diante dos primeiros obstáculos: perdemos nosso amor, anoitece no paraíso, descobrimos que precisamos competir e trabalhar duro para chegar a algum lugar e que nem todas as pessoas desejam nosso bem.



Nossos sonhos se quebram e adquirimos experiências, nos tornamos adultos, amadurecemos. E dói. Dói em nós, no nosso ser, dói a vida.



Algumas pessoas desistem, se cansam com os desenganos e se deixam levar. Nunca crescem, nunca constroem nada.



Desacreditam nos sonhos e no poder mágico deles. Envelhecem prematuramente, tornam-se ranzinzas e mal-humoradas. O mundo está cheio de pessoas assim.



Portanto, há pessoas maduras que ainda sonham. Só que é um sonho diferente. Os jovens sonham em construir, começar, conquistar. Elas sonham em reconstruir, recomeçar, reconquistar.



Pessoas maduras sonham depois de terem vivido, depois de terem quebrado a cara, de terem tido decepções, caído em armadilhas e depois de terem enfrentado a dura realidade de que todos os sonhos se realizam. Mas elas sabem que ainda assim vale a pena sonhar. E elas sonham... conscientemente!



Amam de novo, de novo e de novo!... Caem e se levantam e recomeçam cada vez que caem. Elas acreditam sempre que na próxima vez vai ser diferente. Prendem os sonhos nas mãos e não largam!



Geralmente essas pessoas vivem mais tempo e o tempo que vivem é bem melhor aproveitado. São idealistas e benditas!



As pessoas maduras que ainda sonham são o sonho da vida, são a projeção dos melhores desejos de Deus aqui na terra.



Autoria de Letícia Thompson

Mensagens de Reflexão



28 de outubro de 2009

ENVELHECER BEM





Um ser humano saudável sabe que um dia vai ficar velho. A pele vai enrugar, o cabelo vai ficar branco e o cansaço será mais freqüente.





O envelhecimento é um processo fisiológico e não está necessariamente ligado à idade cronológica. Cientistas e geriatras preferem separar a idade cronológica (idade numérica) da idade biológica (idade vivida).





Antigamente, nas sociedades tradicionais, os velhos eram muito considerados por serem sinônimo de lembranças e sabedoria. Atualmente, o descaso e o desprezo os excluem da sociedade.





Muitos julgam os membros da terceira idade como pessoas improdutivas para a sociedade e torna-se comum encontrar idosos abandonados e ignorados dentro da própria família.



A velhice hoje é vista por muitos como um período de decadência física e mental. É um conceito equivocado, pois muitos cidadãos que chegam aos 65 anos ainda são completamente independentes e produtivos.





Acreditamos na decadência sim, mas da sociedade que não dá valor as necessidades dos nossos velhos.





A população idosa, em nosso país, cresce a cada dia e com ela as dificuldades e as necessidades de adequar soluções eficientes, com o objetivo de tornar digna a vida do grupo da melhor idade.





Uma velhice tranqüila é o somatório de tudo que beneficia o corpo e a mente, como por exemplo, a criação desse blog que deseja estimular os idosos a manterem a constante busca pelo conhecimento.





Ao contrário do que se pensa, a melhor idade pode e deve manter uma vida ativas seja através de práticas mentais ou físicas. A busca de uma vida com qualidade e o não aniquilamento das capacidades, inclui o preenchimento das carências no que tange à afetividade e convivência social. Esta é a grande alavanca do bem-estar, da felicidade e, conseqüentemente, da longevidade: ocupar a mente e o coração.





Publicado em Geral

Hipertensão







27 de outubro de 2009

O Assédio Moral no Trabalho











Assédio é uma palavra que normalmente se associa a situações de cariz sexual. Porém, essa é uma visão muito restritiva. Na realidade, assédio constitui todo e qualquer comportamento impróprio, inconveniente ou excessivo que, de forma reiterada, comprometa a dignidade ou a integridade física e/ou psíquica de uma pessoa. No contexto do emprego, trata-se da degradação propositada das condições ou do ambiente de trabalho, através de ameaças (mais ou menos implícitas ou explícitas), comportamentos hostis, comunicações não éticas, etcétera, que têm como objectivos a inabilitação, o abatimento moral e a desestabilização emocional do(a) visado(a).



O assédio moral distingue-se de um vulgar conflito laboral pela ausência de igualdade entre as partes. Na realidade, o que existe é uma relação dominador/dominado, em que o “estratega” estabelece as “regras” do “jogo”, minuciosamente delineadas para a submissão do outro até à total perda de identidade. Este, por seu turno, embarca num quadro de miséria física, psicológica e social tão duradoura quanto a astúcia do assediador e a sua própria falta de capacidade para se libertar o permitirem. Por outro lado, a “guerra” não é aberta, “oficial”, o que atira o escondido, o não dito, para um palco de desconfiança, insegurança e medo.



Para se poder considerar uma conduta abusiva como assédio moral é necessário atentar nalguns pontos fundamentais: a veemência da violência psicológica (a gravidade deve ser medida partindo do conceito objectivo de uma pessoa dita normal, porque a vulnerabilidade excessiva a que ficam votadas as pessoas afectadas por alguma patologia é susceptível de as fazer viver com extrema ansiedade situações que, por si, não desencadeariam tal estado de espírito); a continuidade dos episódios no tempo (sendo preciso uma curva temporal suficiente para originar impacto real e ocasionar actos que consubstanciem verdadeira perseguição); a repetitividade da humilhação (passível de interferir na vida do humilhado a ponto de abalar a sua dignidade e as relações afectivas e sociais, cujos possíveis danos na saúde física e mental poderão culminar em improficiência laboral, desemprego e até a morte!); a intencionalidade de provocar sofrimento ao(s) colega(s)/subordinado(s) com a finalidade de o(s) marginalizar; e a transformação dos danos psíquicos em doença, atestada medicamente.



Dentro do assédio moral no trabalho englobam-se atitudes de várias naturezas, levadas a cabo com o invariável intuito de deitar abaixo uma ou várias pessoas. Fazer comentários maldosos em público, inventar ou produzir erros no trabalho alheio, pedir tarefas com uma urgência inexistente, ignorar a presença do trabalhador, impor horários incompatíveis com a vida pessoal do colaborador, isolá-lo do convívio com os colegas ou privá-lo da hora de almoço, não fornecer o material indispensável à realização das funções, não cumprimentar, ordenar trabalhos muito aquém das competências do funcionário, estimular a discriminação entre colegas, não atribuir qualquer tarefa a um empregado, imputar rótulos do género “fraco”, “incompetente”, “incapaz”, demitir sem justa causa (ou levar ao pedido de demissão), controlar as idas ao médico, fazer desaparecer atestados de saúde, multiplicar burocracias, colocar uns colegas a supervisionar outros e espalhar boatos, são exemplos de procedimentos inerentes a um processo de assédio moral no emprego. O stress, não concretizando uma forma de assédio, é, pelo desgaste que gera, um terreno assaz fértil para que se instale o referido processo. As consequências serão tanto mais severas quanto a consciência que se tem do evidente propósito de prejudicar.



Os danos mais frequentes do assediado passam por cansaço exagerado, nervosismo, enxaquecas, distúrbios do sono, irritação permanente, ruminações constantes, perturbações da memória, tremores, hipertensão arterial, tristeza profunda, alteração da personalidade (com nota dominante para uma agressividade crescente), evitação de circunstâncias que tragam associações à tortura psicológica, inversão da escala de valores, pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio, desordens do aparelho digestivo, com eventual perda ou ganho consideráveis de peso, hipotético consumo de álcool ou drogas, dores de cabeça, musculares e na coluna, falta de confiança em si, projecção negativista do futuro, agravamento de enfermidades previamente manifestadas, angústia, ansiedade, mágoa, ressentimento, sentimento de fracasso, caos interior, vergonha, culpa, sensação de se ter sido traído(a) e de inutilidade, infelicidade genuína. A estes malefícios podem juntar-se os estragos do desemprego massivo, que incrementa o temor e a sujeição dos trabalhadores, qual vassalagem obrigatória volvidos que estão quase duzentos anos do término da escravatura (legalmente falando, é claro).



O assediador pode actuar isoladamente ou em conjunto com outros comparsas igualmente perversos, dotados de carácter narcisista, que, não suportando a própria dor, a solidão e as contradições que não conseguem admitir em si, assim como a felicidade e o prazer de viver que reconhecem noutros, atacam a auto-estima destes, procurando alcançar o poder ou manter-se nele a qualquer custo, numa busca insaciável de gratificação e de ocultação da incompetência intrínseca.



O assediado, por outro lado, ou seja, a vítima de antemão designada pelo assediador, é activo e competente, responsável, bem-educado, dotado de alguma aptidão acima da média (um negligente, passivo, sem valiosas qualidades profissionais e morais não suscitaria a inveja e o fascínio do assediador nem o faria sentir-se ameaçado), mas também ingénuo, crédulo e com necessidade do amor e da admiração daqueles que o rodeiam, e que receia a desaprovação e tende a culpar-se de tudo. Fragilizado deste modo, o assediado acaba por adoptar posturas induzidas pelo agressor.



O assédio moral é um risco invisível, mas muito concreto, no que concerne às relações e condições de trabalho. Toda a sintomatologia psico-físico-emocional, nomadamente as dificuldades de aprendizagem, de concentração e do sono, a ansiedade, o esquecimento, a irritabilidade, a indecisão e a fadiga podem converter-se em factores favoráveis à ocorrência de acidentes de trabalho, retracção de amizades, casamentos arruinados, aumento das despesas com medicamentos, perda de bens patrimoniais. É um caso muitíssimo sério…



Escrito por: Maria Bijóias Tema: Empresariais/ MMULHER





25 de outubro de 2009

Prazer físico não tem prazo de validade







Se a sexualidade na terceira idade é um tabu, as barreiras são ainda maiores para as mulheres. Uma, demográfica: como vivem mais que os homens, elas têm mais dificuldade para encontrar parceiros de sua faixa etária. A segunda é ligada ao preconceito: o envolvimento com jovens costuma ser associado a interesse financeiro. Em matéria especial, a Folha Online diz que a verdade é que a sexualidade não tem data de validade e a libido é conservada no envelhecimento.



Veja os benefícios do sexo:



- Leva à liberação de endorfinas, substâncias ligadas à sensação de bem-estar



- Promove aceleração do sistema respiratório e circulatório



- Estimula a atividade cerebral, já que exercita a fantasia e a memória



- Aumenta a auto-estima



Confira dicas de especialistas:

Inclua a questão da sexualidade nas consultas médicas e nas conversas com os amigos e com os familiares. É importante para desmistificar a idéia de que o sexo é um tema alheio aos idosos



Com o envelhecimento, as mulheres podem observar uma diminuição da lubrificação vaginal. A tendência é que a lubrificação aumente se elas tiverem uma vida sexual ativa. Se o ressecamento vaginal gerar desconforto, podem ser utilizados lubrificantes artificiais



Trate precocemente diabetes, hipertensão, índice elevado de colesterol e doenças cardiovasculares ou da próstata. Esses problemas geralmente aparecem por volta dos 40 anos de idade e se agravam com o tempo.



O uso de remédios para disfunção erétil favorece o preenchimento dos corpos ca-vernosos do pênis, que pode ser bloqueado por problemas físicos ou emocionais. O remédio é ineficaz, porém, se o problema for a falta de desejo, que pode decorrer tanto de uma depressão como de problemas hormonais



Com o envelhecimento, há uma diminuição da produção de testosterona, hormônio masculino. Normalmente, essa perda é de 1% ao ano. Cerca de 15% dos homens idosos, porém, sofrem uma perda mais significativa de testosterona, o que afeta o desejo. É possível fazer reposição hormonal, mas o tratamento deve ser precedido de uma avaliação médica.



No caso das mulheres, a masturbação também ajuda a manter a saúde dos órgãos genitais -a estimulação leva a uma liberação hormonal que preserva a mucosa vaginal.



Por Aninha Carmelo

http://www.aninhacarmelo.com.br/







23 de outubro de 2009

Ocupar a mente e o coração...




Antigamente, nas sociedades tradicionais, os velhos eram muito considerados por serem sinônimo de lembranças e sabedoria. Atualmente, o descaso e o desprezo os excluem da sociedade. Muitos julgam os membros da melhor idade como pessoas improdutivas para a sociedade e torna-se comum encontrar idosos abandonados e ignorados dentro da própria família.

A velhice hoje é vista por muitos como um período de decadência física e mental. É um conceito equivocado, pois muitos cidadãos que chegam aos 65 anos ainda são completamente independentes e produtivos. Acreditamos na decadência sim, mas da sociedade que não dá valor as necessidades dos nossos velhos.

A população idosa, em nosso país, cresce a cada dia e com ela as dificuldades e as necessidades de adequar soluções eficientes, com o objetivo de tornar digna a vida do grupo da melhor idade. Uma velhice tranqüila é o somatório de tudo que beneficia o corpo e a mente, como por exemplo, a criação desse blog que deseja estimular os idosos a manterem a constante busca pelo conhecimento.

Ao contrário do que se pensa, a melhor idade pode e deve manter uma vida ativas seja através de práticas mentais ou físicas. A busca de uma vida com qualidade e o não aniquilamento das capacidades, inclui o preenchimento das carências no que tange à afetividade e convivência social. Esta é a grande alavanca do bem-estar, da felicidade e, conseqüentemente, da longevidade: ocupar a mente e o coração.

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21 de outubro de 2009

AS NOSSAS ESCOLHAS





A vida é feita de escolhas. Elegemos os nossos amigos, os nossos esportes favoritos, o nosso repertório musical, o estilo de roupa, os nossos valores, os candidatos políticos, os lugares que apreciamos estar... Enfim, vamos alinhavando através dessas escolhas, a nossa própria imagem. Dentro desse universo de opções em que vivemos, vamos delimitando o nosso próprio mundo e dando os contornos da nossa própria cara.



Cada escolha que fazemos, é como se fosse um pedacinho de pano, que somado aos outros retalhos vai resultar na colcha que somos. E se somos autênticos nessas escolhas, teremos pessoas muito semelhantes à nossa volta... Porque essa é a lei da atração – atraímos as pessoas que são nossos pares, que têm os mesmos ideais, convicções e interesses semelhantes...



Dificilmente, poderíamos escolher como amigo ou alguém da nossa estima, uma pessoa que tenha valores tão diversos dos nossos... E mesmo que isso viesse a acontecer (considerando que o amor, tem razões, que até a razão desconhece), no momento em que fazemos essa constatação, que tomamos consciência dessas diferenças, que não são pequenas, nem insignificantes, certamente algo novo acontece, ou seja, a magia se acaba e a distância se estabelece. Não que isso aconteça como uma retaliação, mas é o que ocorre naturalmente... Quando não existe mais uma comunhão, um entendimento , o que resta a fazer é sair de cena, simples assim.



Por isso, quando uma pessoa não é verdadeira consigo mesma e adota valores ou posturas por simples conveniência; num dado momento, ela vai esquecer o seu “script” e revelar não mais o personagem que representava, mas a sua própria identidade -- isso é infalível!



Você jamais se esquece de quem é... as máscaras sociais, muitas vezes usadas como defesa, acabam caindo, inevitavelmente... A nossa essência jamais desaparece, nem evapora. Ela tem a ver com a nossa alma, com a nossa energia mais pura – é ímpar, singular.



Por isso quando gostamos de conversar com alguém, de estar na companhia de alguém – o tempo parece não ter mais importância... a paisagem se torna secundária, por mais encantadora que seja. Eleger é fundamental, mas para isso devemos nos conhecer intimamente. Somente quem se conhece, faz as escolhas certas. Quem não sabe escolher,  não sabe quais são as suas preferências e acaba se tornando uma “Maria vai com as outras” .



O senso comum tem a sua importância, claro, mas nem sempre nos acomodamos nele. Saber posicionar-se é tomar partido e isso é um exercício diário – é o que molda a nossa personalidade. Eleger é tornar autêntica ou legítima a nossa vontade, a nossa opinião, a nossa visão de mundo. É antes de tudo um direito e quem abre mão dele, corre o risco de perder a si mesmo.

Escrito por Elaine Bertone



19 de outubro de 2009

Nós éramos felizes e não sabíamos!





*

Na minha inarredável crença no Carpe Diem horaciano e na sabedoria que reside na atitude de valorizarmos o tempo presente, evitando saudosismos desnecessários ou devaneios acerca de um futuro insondável, habituei-me a não me prender a recordações, a não cultivar saudades que me deixariam com aquele incômodo sentimento de perda a escurecer-me por dentro. Mas hoje, tive uma recaída e fiz uma longa viagem de volta aos meus outroras! Peço desculpas a quem não aprecia textos longos e talvez pobre de interesse, pois que fala de uma vidinha um tanto sem brilho.



Até algum tempo atrás, quando observava a vida das moças nos dias atuais, a liberdade ilimitada que têm, a forma como se comportam, como pensam e falam, vinham-me à mente algumas lembranças da época da minha juventude. A comparação era inevitável, pois era tudo tão espantosamente diferente! Mas não sei ao certo se era melhor ou pior. Na época, achávamos natural, não tínhamos noção de que poderia ser diferente.



Hoje, já tenho o distanciamento necessário para estabelecer comparações e perceber o quanto foi reprimida a vidinha que nos permitiu viver a sociedade severa dos anos cinqüenta. Tanto o meio social quanto os nossos pais eram repressores e vigilantes, cerceavam a nossa liberdade e nos impunham uma série de limites que não ousávamos transgredir. Namorava-se na calçada de frente a casa ou na varanda, sair sozinha com o namorado, nem pensar! Beijar na boca... só se fosse beijo roubado, escapando aos vigilantes pares de olhos que não nos perdiam de vista. Casávamos virgens, depois de um longo namoro e noivado (ainda era costume o rapaz pedir a mão da moça em casamento ao seu pai).





Mas, haviam coisas maravilhosas e inesquecíveis, como as serenatas que me acordavam na madrugada com românticas canções e acordes de violão. Não me casei com o dono da voz. Não que nos faltassem amor e vontade! Mas esta já é outra história de interferência familiar bem típica da época... melhor esquecer!





Quando explodiu o Rock in roll e Elvis Presley tornou-se moda, mania e paixão veio junto a interdição: moça decente não podia dançar o frenético e obsceno ritmo norte-americano. Seria um escândalo! A garota ficaria “falada”! Quem iria querê-la para esposa?! Foi um ai, Jesus! Fãs incondicionais de Elvis, eu e meu irmão não resistimos à tentação e demos uma fugidinha até um clubinho que havia perto da nossa casa, para balançar os esqueletos naquela consumição, com uma turma do colégio. Nem gosto de lembrar o pandemônio que fez a minha mãe, quando retornamos. Só comigo, é claro! Meu irmão “era homem”, podia tudo!





Éramos privadas de muitas coisas que hoje são banalidades: não podíamos ingerir bebidas alcoólicas, cigarro só depois dos 21 anos e biquíni era traje de moça “falada”. Rapaz que tirasse a virgindade da namorada, era obrigado a “salvar a honra” da moça, casando-se com ela, quisesse ou não. Pois moça “não dava”, se “desse” levava o rótulo de “moça perdida”, com a qual nenhum rapaz que se prezasse casaria. A mulher não tinha liberdade, quando solteira obedecia aos pais, depois de casada apenas mudava de dono e passava a ser tutelada pelo marido. Poucas trabalhavam fora de casa e raras tinham permissão para saírem desacompanhadas (para não caírem na boca do povo).



Mas, nem tudo era negativo, tínhamos formas de diversão que nos proporcionavam muita satisfação. Sem televisão para roubar os diálogos familiares, havia mais proximidade entre as pessoas, havia o costume de fazer visitas a amigos e familiares, oportunizando muito mais convivência e aconchego com primos, tios e velhos amigos. Na rua onde eu morava, os vizinhos eram nossos amigos e nas noites calorentas de Verão juntavam-se todos para, sentados em cadeiras na calçada, apreciar o luar e conversar, enquanto a criançada brincava de roda, de amarelinha, de pular corda, em feliz alarido etc.





Nas festas de São João e de São Pedro, enfeitávamos a rua com bandeirolas coloridas, acendíamos fogueiras à frente das casas para assar milho, batata doce e acender foguetões. Dançava-se quadrilha, xote e baião de Luís Gonzaga, ao som dos discos de vinil rodando na vitrola posta na varanda. O vestido de caipira feito de chitão estampado era indispensável. Belos tempos! Havia romantismo nos namoros, muita paixão pelo cinema e pelas rádio-novelas.





Ainda me indago como foi que consegui adaptar-me às mudanças radicais operadas nos usos e costumes, na linguagem e nos comportamentos, especialmente das mulheres, a partir da década de 60 do século anterior. A virada foi muito violenta, rápida e contínua. Mudou tudo! No início, assustei-me. Senti medo de não saber como educar e orientar as minhas filhas, pois o modelo que eu havia interiorizado estava demolido, os valores da minha geração estavam virando piadas e eu ainda não assimilara as novidades defendidas pelas feministas e postas em prática por Leila Diniz, difundidas no cinema por Brigitte Bardot e Marilin Monroe, espalhadas pelo mundo pelo irreverente movimento hippie.



O surgimento da pílula anticoncepcional liberava, sexualmente, a mulher. Eram muitas informações e mudanças que colidiam com os meus valores e princípios, que desmentiam todas as certezas que me haviam incutido até então e, o pior, coincidiam com um momento de crise existencial que resultou em mudanças radicais em minha vida. Que roda viva!



Não sei como o milagre da minha adaptação às mudanças aconteceu. Só sei que, quando me dei conta, estava integrada nos novos tempos, sem me escandalizar, sem rejeitar o que os outros faziam. Apenas dava-me o direito de escolha do que realmente achava melhor para mim e de rejeitar o que não me convinha. Por exemplo, nunca quis usar mini saia, sempre detestei jeans (ainda abomino) e continuei rejeitando os palavrões, a bebida alcoólica, o sexo fora de uma relação afetiva séria e outras coisas que não tinham nada a ver com a minha personalidade e meu modo de estar na vida.





Consegui a façanha de ser uma mãe “moderna” para minhas filhas, vivendo a época delas, mas que impunha limites tanto quanto não dispensava o diálogo aberto e franco. Atravessei todo o período de mudanças, sem jamais dizer, com ar de censura: “no meu tempo as coisas eram diferentes”, como ouvi tantas vezes a minha mãe dizer, ao censurar-me por pequenas e inocentes ousadias que eu arriscava. Às vezes, diante de algumas mudanças que achava positivas, chegava a pensar cá com meus botões: “que pena não ter sido assim no meu tempo”. Mas vi também cenas desastrosas de mães que, com receio do choque entre gerações ou de parecerem retrógradas, punham os carros adiante dos bois, causando um grande estrago na vidinha das filhas e filhos ainda adolescentes.





Não vou negar que, às vezes, sinto saudades de algumas coisas daqueles tempos. Na verdade, sinto uma enorme saudade da vida sossegada, sem drogas, sem tanta corrupção e impunidade, sem violência urbana e no meio rural. Tenho uma imensa pena de ver os meus netos privados de viverem uma infância como foi a da minha geração e, de certo modo, a dos seus pais, com muitas brincadeiras a céu aberto, muito espaço para se moverem, sem games e tudo o mais que buscam na telinha da TV e do computador ou dentro dos shoppings, comportando-se como adultos em miniatura, passando pela infância sem saberem o que significa ser criança, pois se tornaram reféns da sociedade, da mesma sociedade que libertou seus pais.







Nos tempos da brilhantina, nós éramos felizes e não sabíamos, nos somos uma geração que viveu o período de maiores transformações no mundo...vivemos a história que hoje estudam nas escolas... Que vida!

11 de outubro de 2009

VOCÊ NÂO PODE DESISTIR DOS SEUS SONHOS!.





Cada um de nós tem desafios diferentes. A vida é feita de desafios diários. Para quem não dispõe de movimentos nas pernas, transportar-se da cama para a cadeira de rodas, a cada manhã, é um desafio.





Para quem sofreu um acidente e está re-aprendendo a andar, o desafio está em apoiar-se nas barras, na sala de reabilitação, e tentar mover um pé, depois o outro.





Para quem perdeu a visão, o grande desafio é adaptar-se à nova realidade, aprendendo a ouvir, a tatear, a movimentar-se entre os obstáculos sem esbarrar. É aprender um novo alfabeto, é ler com os dedos, é adquirir nova independência de movimentos e ação.





Para o analfabeto adulto, o maior desafio é dominar aqueles sinais que significam letras, que colocados uns ao lado dos outros formam palavras, que formam frases.





É conseguir tomar o lápis e escrever o próprio nome, em letras de forma. É conseguir ler o letreiro do ônibus, identificando aquele que deverá utilizar para chegar ao seu lar.





Cada qual, dentro de sua realidade, de sua vivência, apontará o que lhe constitui o maior desafio: dominar a técnica da pintura, da escultura, da música, da dança.





Ser um ás no esporte. Ser o primeiro da classe. Passar no vestibular. Ser aprovado no concurso que lhe garantirá um emprego. Ser aceito pela sociedade. Ser amado.





Para vencer um desafio é preciso ter disciplina, ser persistente, ser diplomático, saber perdoar-se e perdoar aos outros.





O maior desafio é ser otimista quando os demais estão pessimistas. Ser realista quando os demais estão com os pensamentos na lua. É saber sonhar e ir em frente. É persistir, mesmo quando ninguém consiga nos imaginar como um prêmio Nobel de Química, um pai de família, um professor, prefeito ou programador.





Acima de tudo, o maior desafio para deficientes, negros e brancos, japoneses e americanos, brasileiros e argentinos, para todo ser humano, é FAZER. Fazer o que promete. Dar o primeiro passo, o segundo e o terceiro. Ir em frente, resoluto e firme.





Com que freqüência se escutam pessoas dizendo que vão fazer regime, que vão estudar mais, que vão fazer exercício todo dia, que vão ler mais, que vão assistir menos televisão, que vão...   Mas, não fazer nada.  Não dão um passo na direção do que sabe ser o melhor e o mais acertado para suas vidas.



Falar, reclamar ou criticar são os passatempos mais populares do mundo, perdendo só, talvez, para o passatempo de culpar os outros pelo que lhe acontece. Ambas as atitudes não levam a nada, mantem o indivíduo estagnado, preso em sua própria acomodação.





Então, o maior desafio é fazer. E não adianta você dizer que não deu certo o que pretendia porque é cego, ou porque é negro, ou porque é amarelo, ou porque você é brasileiro. Ou porque mora numa casa amarela. Ou porque não teve tempo. Balelas, desculpas sem consistência para fugir à luta que traria a libertação.





Aprenda com seus erros. Quando algo não der certo, você pode tentar de maneira diferente. Agora você já sabe que daquele jeito não dá. O que não deve é desistir de FAZER.





Você pode treinar mais. Você pode conseguir ajuda, pode estudar mais, pode se inspirar com sábios amigos. Ou com amigos dos seus amigos. Pode tentar novas idéias. Pode dividir seu objetivo em várias etapas e tentar uma de cada vez, em vez de tentar tudo de uma vez só.



Você pode fazer o que quiser. Só não pode é sentir pena de si mesmo. Você não pode desistir de seus sonhos.





Problemas são desafios. Dificuldades são testes de promoção espiritual.  Insucesso é ocorrência perfeitamente natural, que acontece a toda e qualquer criatura. Indispensável manter o bom ânimo em qualquer lugar e posição.





O pior que pode acontecer a alguém é se entregar ao desânimo, apagando a chama íntima da fé e caminhar em plena escuridão.



Assim, confia em Deus, e, com coragem, prossegue de espírito tranqüilo.



9 de outubro de 2009

O PODER MÁGICO DA GENTILEZA







É uma enormidade a falta de gentileza que permeia as relações nos blogs, especialmente em tempos de reality show. Leitores irritados por não aceitarem a torcida da blogueira e de outros leitores do blog, comportam-se de forma desrespeitosa e insolente, agredindo com palavras e alusões grosseiras a quem se concede o direito democrático de escolha deste ou daquele participante do programa. E não são somente adolescentes sem limites que agem desta forma pouco civilizada, também pessoas bem maduras assumem o mesmo comportamento absurdo.





Aí, eu me pergunto: será que essas pessoas, tão arrogantes e donas da verdade, nunca ouviram falar em “gentileza” e nos benefícios que ela traz para o relacionamento humano? Talvez se perguntem: o que é gentileza? Pois bem, a resposta está neste artigo escrito por Rosana Braga, transcrito abaixo. Pena que quem mais precisa dele não o leia!







“Gentileza é um modo de agir, um jeito de ser, uma maneira de enxergar o mundo. Ser gentil, portanto, é um atributo muito mais sofisticado e profundo que ser educado ou meramente cumprir regras de etiqueta, porque embora possamos (e devamos) ser educados, a gentileza se trata de uma característica diretamente relacionada com caráter, valores e ética; sobretudo, tem a ver com o desejo de contribuir com um mundo mais humano e eficiente para todos. Ou seja, para se tornar uma pessoa mais gentil, é preciso que cada um reflita sobre o modo como tem se relacionado consigo mesmo, com as pessoas e com o mundo.





A rotina nos cega, costumo dizer. Pressionados por idéias equivocadas, que nos pressionam a ter sempre mais, a cumprir prazos sem nos respeitarmos, a atingir metas que, muitas vezes, não fazem parte de nossa missão de vida e daquilo em que acreditamos, nos tornamos mais e mais insensíveis. E nesta insensibilidade, vamos agindo e nos relacionando com as pessoas - mesmo com aquelas que amamos - de forma menos gentil, mais apressada e mais automatizada, sem nem nos darmos conta disso.





É por isso que, a meu ver, ser gentil não pode depender do outro, não pode ser uma moeda de troca, tem de ser uma escolha pessoal, um entendimento de que podemos fazer a nossa parte e contribuir sim para um mundo melhor. Leonardo Boff tem uma frase maravilhosa que resume bem o que quero dizer: “Não serão nossos gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras ações”.





Ser gentil é extremamente benéfico quando se entende que a gentileza abre portas, muda o rumo dos conflitos, facilita negociações, transforma humores, melhora as relações, enfim, propicia inúmeras vantagens tanto na vida de quem é gentil quanto na de quem se permite receber gentilezas.





No ambiente de trabalho, por exemplo, é fato que as empresas têm preferido, cada vez mais, profissionais dispostos a solucionar problemas e favorecer as conciliações. Afinal de contas, competência técnica é oferecida em universidades de todo o país, mas habilidades humanas como a gentileza são características escassas e muito bem quistas no mundo atual.





Como disse anteriormente, a gentileza facilita todas as relações. No livro, conto a comovente história de vida do Profeta Gentileza, que viveu na cidade do Rio de Janeiro pregando a paz entre as pessoas. Ele tinha uma frase que ilustra muito bem o que chamo de “poder” da gentileza: GENTILEZA gera GENTILEZA. Do mesmo modo, o contrário também é verdadeiro. Ou seja, grosserias geram grosserias e a gente sabe que ninguém gosta de ser tratado de forma grosseira.





Em minha palestra (com o mesmo título do livro), abordo os malefícios que a falta de gentileza causa em nossa saúde física, emocional e mental. Para se ter uma pequena idéia do quanto a gentileza interfere em nosso dia-a-dia, basta notar: pessoas intolerantes, briguentas e pouco ou nada gentis geralmente sofrem de enxaqueca, gastrite, ansiedade, cansaço, falta de criatividade, entre outras limitações. Sendo assim, o que podemos fazer de mais inteligente é tratar de praticar a gentileza quanto mais conseguirmos. E isso é uma escolha, antes de mais nada.”





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AUTORA: Rosana Braga.   Escritora, Jornalista e Consultora em Relacionamentos Palestrante

e Autora dos livros "Alma Gêmea - Segredos de um Encontro"

e "Amor - sem regras para viver", entre outros.

www.rosanabraga.com.br







8 de outubro de 2009

AMOR EPIDÉRMICO

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Seus pais foram jantar fora e deixaram o apartamento só para você, seu namorado e a tevê a cabo. Que inconseqüentes! Em menos de um minuto vocês deixam a televisão falando sozinha e vão ensaiar umas cenas de amor no quartinho dos fundos.



De repente, escutam o barulho da fechadura. Seu pai esqueceu o talão de cheques. Passos no corredor. Antes que você localize sua camiseta, sua mãe se materializa na porta. Parece que ela está brincando de estátua, mas não resta dúvida que entrou em estado de choque. Você diz o quê? Mãe, a carne é fraca.



A desculpa é esfarrapada mas é legítima. Nada é mais vulnerável que nosso desejo. Na luta entre o cérebro e a pele, nunca dá empate. A pele sempre ganha de W.O.



Você planeja terminar um relacionamento. Chegou à conclusão que não quer mais ter a seu lado uma pessoa distante, que não leva nada à sério, que vive contando piadinhas preconceituosas e que não parece estar muito apaixonado.



Por que levar a história adiante? Melhor terminar tudo hoje mesmo. Marca um encontro. Ele chega no horário, você também. Começam a conversar. Você engata o assunto. Para sua surpresa, ele ficou triste. Não quer se separar de você. E para provar, segura seu rosto com as duas mãos e tasca-lhe um beijo. Danou-se.



Onde foram parar as teorias, os diálogos que você planejou, a decisão que parecia irrevogável? Tomaram Doril. Você agora está sob os efeitos do cheiro dele, está rendida ao gosto dele, está ligada a ele pela derme e epiderme. A gravação do seu celular informa: seus neurônios estão fora da área de cobertura ou desligados.



Isso nunca aconteceu com você? Reluto entre dar-lhe os parabéns ou os pêsames. Por um lado, é ótimo ter controle absoluto de todas as suas ações e reações, ter força suficiente para resistir ao próprio desejo. Por outro lado, como é bom dar folga ao nosso raciocínio e deixar-se seduzir, sem ficar calculando perdas e danos, apenas dando-se ao luxo de viver o seu dia de Pigmaleão.



A carne é fraca, mas você tem que ser forte, é o que recomendam todos. Tente, ao menos de vez em quando, ser sexualmente vegetariano e não ceder às tentações. Se conseguir, bravo: terá as rédeas de seu destino na mão. Mas se não der certo, console-se. Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios. Alguma recompensa há de ter.

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Autora: Martha Medeiros



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6 de outubro de 2009

SAI PRA LÁ, INVEJA!!

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Sentir ou ser alvo de dor-de-cotovelo pode ser prejudicial e até antecipar a morte de uma pessoa. Aprenda a se livrar do lado mau desse sentimento. Jogue a primeira pedra quem nunca sentiu uma "mordidinha de inveja" na vida. Aquele incômodo diante do sucesso alheio é uma das reações mais naturais do mundo. Ela faz parte do rol das fraquezas humanas. Mas, como é moralmente condenada, ninguém gosta de admiti-la.





"Ao incluir a inveja entre os sete pecados capitais, a religião fez com que a sociedade passasse a reprimir esse sentimento", explica a psicóloga Valéria Meirelles, de São Paulo. Embora quem é alvo de inveja possa ser atingido pelas energias negativas que lhe são endereçadas, o outro lado costuma sofrer muito mais.





Estudos já mostraram que quem vive tenso, se incomoda demais com o sucesso alheio e deixa o ódio tomar conta do seu coração está mais sujeito a doenças emocionais e cardíacas que podem reduzir a expectativa de vida em até cinco anos.





Apesar de tantos exemplos negativos, a inveja nem sempre é prejudicial. Ela pode até ter um efeito positivo na vida da pessoa. O importante é saber identificar os momentos em que ela surge e aprender a domá-la.





(Autora: Vera Calvet)



     



5 de outubro de 2009

O BEM MAIOR





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Não existe maior bem do que fazer a felicidade de nada menos caro, nem mais fácil, pois que a felicidade é algo que se pode oferecer em gestos, e atenções.



Se olhamos à nossa volta, percebemos que a carência humana está no fato das pessoas terem perdido os valores imateriais a favor dos materiais.



Compra-se quase tudo em nossos dias...mas o bem ninguém compra. Compra-se até companhia, mas não a sinceridade. Compra-se conforto, mas não a paz de espírito, não a tranqüilidade, menos ainda a felicidade. Esta a gente oferece.



Há uma grande diferença entre o dar e o oferecer. Quando damos, estendemos a mão, mas quando oferecemos... é nosso coração que entregamos junto, é um pedacinho de nós que vai caminhando na direção do outro e o bem que ele provoca retorna ao nosso interior.



Tornamos pessoas felizes quando damos de nós mesmos. E damos de nós quando oferecemos o que quer que seja de coração escancarado.



O grande mal do mundo consiste no fato das pessoas guardarem coisas para si. Guardam bens, guardam sentimentos, guardam declarações, guardam ressentimentos, falam ou calam na hora errada. Vivem de aparências com as gavetas da alma repletas de coisas inúteis.



E quando morrem, tornam-se pó, como todo mundo, sem ter aproveitado o tempo para compartilhar, com honestidade, o bem que a vida lhes ofereceu.



A maior herança que podemos deixar à humanidade é o amor que oferecemos de várias formas, são as pequenas felicidades do dia-a-dia que vamos distribuindo aqui e acolá, a compreensão que acalma as almas inquietas e a ternura que abranda os desenganos da vida.



E o que representa a felicidade hoje pode não representar amanhã.

Por isso ela é tão múltipla, tão incompreendida e tão necessária.



Por isso é tão importante distribuir sorrisos, plantar flores, fazer visitas, dar bom dia e boa noite, não se esquecer dos abraços e dos te amo imprescindíveis ao coração.



Autora: Letícia Thompson





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4 de outubro de 2009

Dançar é o melhor remédio para o corpo e para a mente.

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A idade pode não ser de menina, mas a vitalidade, o gingado e a destreza com que executam os passos mais loucos da dança não deixam dúvidas de que elas dão um banho de talento na pista, derramando um rastro de alegria de viver.





É isso mesmo. A Terceira Idade está encontrando na dança de salão sua válvula de escape da depressão e do baixo-astral, ao mesmo tempo em que espanta os riscos de boa parte das doenças da velhice.





Em Rio Preto, um grupo de cerca de 60 senhoras, com idades entre 46 e 76 anos, já se entregou aos benefícios da dança de salão e não erra um passo seja de tango, gafieira, bolero, rumba, salsa ou tcha tcha tcha.



“A dança aumenta a minha auto-estima e me enche de entusiasmo de viver. Ao dançar, o lema é ‘Xô, depressão”, relata a aposentada Maria Helena de Silvio, 53 anos. Ela, que nunca havia dançado, nem na juventude, começou há quatro anos, por recomendação médica, pois tinha tendência à depressão. “Eu resolvi adotar a dança de salão como um exercício físico”, diz a assistente social aposentada Maria Thereza da Costa, 67. “Eu sou do tempo que Thereza se escrevia com ‘Th’”, brinca.





Depois que se aposentou, ela, que tinha uma vida bastante ativa, começou a engordar. Seu geriatra lhe indicou esportes. Ela optou pela dança. O resultado foi melhor do que o esperado. “Estou dançando há dois anos e já emagreci 7 quilos”, confessa. Confiante, positiva e solteira, ela dá um show nos bailes. Mas por mais incrível que pareça, ainda toma alguns “chás de cadeira”.





“Geralmente, nos bailes para terceira idade, vão os casais. Só que sempre pinta algum ‘avulso’ que a gente tira para a pista”, diz. “Hoje eu faço passos que até os mais jovens se espantam”, rebate a aposentada Célia Monteiro dos Santos, 54 anos. “A dança é uma verdadeira terapia. A auto-estima vai lá em cima”, resume.





Célia começou a dançar há 3 anos. Extremamente ativa, dificilmente é encontrada em casa. É mais fácil achá-la no clube Palestra, jogando vôlei, peteca, ou dançando. Em sua casa há estante cheia de troféus conquistados em campeonatos. “É o meu orgulho”. Quando se aposentou, ela conta que nem quis dar tempo para que a depressão se aproximasse e logo se ocupou do que fazer. “Estou vivendo agora; vou dedicar-me a mim”, avisa a aposentada.





Para Guto Rodrigues, 29, professor de dança de salão do grupo de terceira idade, dançar é o melhor remédio para o corpo e para a mente. “A dança é um estímulo para elas não ficarem presas em casa”. Segundo Rodrigues, pelo lado psicológico, a prática desta atividade ajuda a mudar o visual da turma, que se sente mais auto-confiante. Na parte física, no entanto, os benefício vão além.





“Em uma aula de tango, por exemplo, elas chegam a queimar 500 calorias”, garante o professor. Além disso, a dança melhora a circulação sangüínea e a coordenação motora. Mas há um detalhe muito importante: “Todas as alunas passam por uma avaliação física antes de começar a dançar, pois os passos exigem bastante delas”, conta. “Eu danço três vezes por semana, mas não posso bobear, por isso também faço ginástica na academia”, diz Maria Helena. “A gente não tem mais a flexibilidade dos 20 anos; tudo depende de investir também em atividades físicas”, acresce Célia.





Autor: Igor Galante











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3 de outubro de 2009

Você já conhece o Estatuto do Idoso?

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Será que todas as pessoas adultas, especialmente as que já estão adentrando a terceira idade conhecem o Estatuto do Idoso? Se não o conhecem, é hora de tomar conhecimento do que disponibiliza a lei como proteção e ajuda aos idosos, nem sempre tratados com o zelo e o respeito que lhe devem ser dispensados.







Acredito que este assunto é de relevância, mesmo para as pessoas que ainda não atingiram a terceira idade, mas que podem ter idosos na família. Assim sendo, o conhecimento do Estatuto do Idoso tem um valor muito especial para todas as pessoas, porque um dia todas envelhecerão e, por este motivo, é conveniente conhecerem os direitos e benefícios que poderão reivindicar. .







O Estatuto do Idoso foi aprovado em setembro de 2003, e logo do mês seguinte ele foi confirmado pelo presidente da República, assim ampliando de forma grande e vantajosa todos os direitos dos cidadãos da terceira idade. Os principais estatutos se resumem nos pontos citados abaixo:





De acordo com a saúde, o idoso deve sempre ter privilégios, como no atendido do SUS (Sistema Único de Saúde), por exemplo. Caso necessário, idosos podem também usufruir da distribuição de remédios, principalmente para uso contínuo, como em casos de hipertensão e diabetes.





Outro ponto é que os idosos não devem ser um objeto de negligência, o que infelizmente muitos enfrentam, mesmo na família, ao decorrer dos anos e com a mais acentuada fragilização física e mental, sofrendo discriminação, violência, crueldade e até mesmo opressão. Tais fatores são considerados de suma gravidade pelo Estatuto do Idoso e resultam em altas multas ou até mesmo prisão (dependendo do caso) para quem submete a tais maltratos e humilhações pessoas de idade avançada. Isto é muito sério, qualquer pessoa que submeter um idoso a condições desumanas, será punido grandemente.





Aqueles que também desviarem bens, como da conta bancária ou de crédito, poderão pegar de um até quatro anos de prisão, além de multa. E lembrando também que todo e qualquer idoso tem direito a passagem gratuita em transportes coletivos e, no mínimo 50% de desconto, em atividades de lazer, cultura, esporte, etc.





Outros estatutos, como transportes coletivos, abandono e violência, trabalho e atendimento ao idoso, você poderá observar com mais especificações no site www.presidencia.gov.br ou comprando o livreto O ESTATUTO DO IDOSO nas livrarias. Vale a pena pesquisar. Inclusive, procurar saber onde funciona a Delegacia de Proteção ao Idoso, em sua cidade. É nela que as denúncias de maltratos e de usurpação de direitos poderão ser efetuadas.



Todos nós somos responsáveis pelos idosos, mesmo os que não pertencem à nossa família. Assim, não podemos ficar omissos se tomarmos conhecimento de que alguma pessoa idosa está sofrendo maltratos de qualquer natureza, por familiáres ou por estranhos.  Nosso dever é denunciar. Para isto existem em todos os estados brasileiros  as Delegacias ou Institutos de proteção aos idosos.  Pela internet, facilmente são obtidas as informações para ajudem a localizar os endereços desses órgãos.

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2 de outubro de 2009

A VIDA É UM SHOW FANTÁSTICO



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Você pode ter defeitos, viver ansioso, chorar e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é o maior tesouro do mundo. Lembre-se sempre de que ser feliz não é ter um céu sempre azul, caminhos sem obstáculos, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.



Ser feliz É encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor mesmo nos desencontros. Ser feliz Não é apenas valorizar o sorriso a alegria, mas também refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar as vitórias, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas alegrar-se como os aplausos, mas encontrar alegria na escuridão.



Ser feliz É reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões nos períodos de crise basta saber aproveitar. Ser feliz Não é uma sorte do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu eu interior. Ser feliz É deixar de ser vítima ou réu nos problemas, é se tornar o autor da própria história.



Ser feliz É atravessar desertos, ser capaz de encontrar um oásis escondido em sua alma. É agradecer a cada manhã pela vida. Ser feliz É não ter medo dos próprios sentimentos e saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um... "Não".



Ser Feliz É saber receber com segurança uma crítica, mesmo que seja injusta. É beijar os filhos, é ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem. É deixar viver a criança que cada um tem dentro de si.



Ser feliz É saber admitir quando errou e dizer "Eu errei". É ser o primeiro a dizer "Me perdoe. É ter sensibilidade para expressar "O que você tem mais de profundo no coração". É ter capacidade de dizer sem medo "Eu te amo".



Faça da sua vida um canteiro de oportunidades. Que nas suas primaveras você seja amante da alegria. Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria. E finalmente Quando você desviar do caminho, comece tudo de novo. Pois assim você terá cada vez mais amor pela vida e descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita.



Mas saber usar suas lágrimas para irrigar a tolerância. Saber usar suas perdas para polir a paciência. Saber usar suas falhas para construir a serenidade. Saber usar os obstáculos para abrir as janelas da sabedoria. Não desista nunca de si mesmo. Não esqueça nunca as pessoas que te amam. Não desista nunca de quem te ama.



Não desista nunca de ser feliz, pois... A VIDA É UM SHOW FANTÁSTICO



(Autor: S. Bernardelli )





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